Jogadores de handebol desenvolvem mais flexibilidade, aponta estudo

Entre os jogadores de handebol, os braços e as mãos arremessam as bolas que prometem fazer os pontos da vitória. Mas são principalmente os músculos inferiores que trabalham dando flexibilidade e impulso para o corpo durante toda a partida. De acordo com estudo, os jogadores de handebol têm mais flexibilidade nas partes inferiores que a média geral.

A flexibilidade é um componente decisivo para um jogador, já que oferece o dinamismo necessário para o movimento rápido. Na ciência do esporte, estabelecer um perfil de flexibilidade numa atividade pode servir como referência para valores normativos que pretendam melhorar o rendimento físico e ajudar na recuperação após uma lesão.

Um estudo realizado pela Universidade de Murcia junto a Universidade Miguel Hernandez de Elche, na Espanha, buscou definir alguns valores para um perfil de flexibilidade para jogadores de handebol. A pesquisa reuniu 56 jogadores com mais de nove anos de experiência, sendo a metade da primeira divisão e o restante da segunda divisão.

Para valorar a flexibilidade, os pesquisadores seguiram as recomendações estabelecidas pela Academia Americana de Associação Ortopédica e a Associação Médica Americana (AMA). Utilizando um inclinômetro ISOMED, foram realizados movimentos com os membros inferiores e medidos grupos musculares como o quadríceps, os adutores, o sóleo, o glúteo máximo e o gêmeo.

Os resultados mostram valores superiores às médias gerais de pessoas que praticam esportes, ou com atividades físicas recreativas. O estudo aponta também que os valores encontrados são iguais ou superiores a outras análises feitas com tenistas, corredores e jogadores de futebol. Por exemplo, encontrou-se uma flexibilidade de valor 41,2º no gêmeo, quase o dobro do valor encontrado num teste feito em 82, com jogadores de futebol, que resultou em 24,2º.

A análise estatística do estudo não apresentou diferenças entre os lados direito e esquerdo, o que representa uma menor probabilidade de riscos de lesões corporais.

Fonte: http://revistas.um.es/cpd/article/view/199571/162441

Foto: Alguns direitos reservados por Armin Kuebelbeck/Wikimedia Commons

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