A vantagem de jogar em casa não é fator maioritário em esportes individuais, sugere pesquisador

No artigo publicado na revista científica “Psychology of Sport and Exercise”, o pesquisador Marshall Jones, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, apresenta uma revisão bibliográfica sobre o fator “jogar em casa” em esportes individuais.

O artigo revê estudos divulgados sobre o tema, em comparação aos esportes de equipe. Após 35 anos desde a publicação pioneira de Schwartz e Barsky (em 1977), a literatura neste campo cresceu bastante ao ponto de dar suporte a algumas conclusões gerais.

O autor afirma que, exceto em esportes considerados subjetivos, a vantagem de se competir em casa não é um fator maioritário em esportes individuais, muito menos tem um papel relevante se comparados com os esportes de equipe.

Nos esportes individuais, é necessário levar em consideração a qualidade do esportista em aproveitar a vantagem de jogar em casa.

No golfe internacional, segundo um estudo liderado pelo professor da Universidade de Wolverhampton, Alain Nevill, a vantagem de se jogar em casa não é um fator maior. Em cada quatro torneios, um mostrou vantagem significativa. Também no boxe, investigadores afirmaram que a vantagem de jogar em casa acontece quando os jogadores locais são melhores do que os jogadores de fora.

Os esportes avaliados como subjetivos como mergulho, ginástica ou patinação artística, de uma maneira geral, mostraram vantagens significativas de jogar em casa. Entretanto, o autor defende que os estudos não são consistentes e têm poucos apoios estatísticos.

O autor conclui que os estudos não contribuem para desenvolver uma teoria, e sugere que futuras pesquisas devam formular investigações mais relacionadas a eventos intermediários e também processos mais amplos.

Fonte: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1469029213000034

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