Criar e interagir com as máquinas, o mercado laboral futuro

A consultora Antonella Broglia, especialista em serviços de inovação, fez uma análise de como poderia ser o mercado laboral em 2030, ressaltando alguns temas de destaque no cenário atual. Em entrevista, ela destacou a América Latina como importante território de inovação social.

Relacionar com as máquinas será fundamental em 2030. Durante a conferência “Construir el 2030”, realizada na Universidad Europea del Atlántico, no dia 27 de maio, a embaixadora em Espanha da Ashoka e embaixadora sênior para Europa da plataforma TEDx, Antonella Broglia, ressaltou a importância da relação entre o homem e a máquina para o mercado laboral. “A inteligência artificial terá uma grande importância e, possivelmente, terá um auge importante as profissões que impliquem uma interatividade entre o homem e a máquina. Ambos terão que conviver e colaborar”, disse.

Broglia destaca que uma das palavras mais importantes do momento é “imortalidade”. “O ser humano desde que existe tem lutado para ser imortal – viver o máximo que pode. E graças à tecnologia, isso deixa de ser uma pulsão para ser um verdadeiro negócio”, disse durante conferência. Para Broglia, todas as inovações que fazemos representam o nosso desejo de viver mais tempo.

Os profissionais que se dediquem a pesquisar, produzir, inovar e controlar os aspectos da vida humana que permitam que possamos ser imortais, seja fisicamente ou simbolicamente, terão espaço no mercado laboral. Na área de Nutrição e Esportes, garantir a qualidade de vida para a longevidade. Na área de Gerontologia, o aumento de pessoas idosas necessitará profissionais que saibam oferecer serviços e atendimento a um grupo social em crescimento.

Broglia destacou também projetos inovadores e tendências em tecnologia que indicam como será o futuro. Um exemplo é a tecnologia blockchains que alinha computadores para codificar dados e promete mudar muitos dos aspectos que hoje conhecemos sobre a propriedade de dados, intelectual e a segurança digital.

Por outro lado, a criatividade será o diferencial. Já que a máquina vai se responsabilizar por diversas atividades mecânicas e analíticas, saber criar se configurará como um valor capital.

Após a conferência, em entrevista, Antonella Broglia nos contou sobre o papel que os estudos poderão ter sobre os profissionais do futuro e como a América Latina poderá ter destaque no campo da inovação. Assista a entrevista:

Antonella Broglia é doutora em Direito pela Universidade de Módena. Foi Diretora de Contas, de Serviço ao Cliente e de Desenvolvimento de Negócio na agência de publicidade Benton & Bowles, atualmente DMB&B, e depois D’Arcy, e na qual chegou a ocupar o cargo de Diretora Mundial de Serviço ao Cliente.

Em 1997, foi designada Conselheira Delegada da agência Ogilvy and Mather, em Roma, e entre 1999 e 2006 ocupou o cargo de Conselheira Delegada e Vice-presidente da agência Saatchi & Saatchi Espanha, e membro do Board Europeu.

Entre 2006 e 2014, colaborou como consultora com o think tank Infonomia, especializado em serviços de inovação. Atualmente, ministra conferências sobre inovação em ciência, tecnologia e educação, e outros entornos sociais, assim como o estado do mundo digital e os meios.

A conferência ocorreu dentro da Cátedra de Cultura Empreendedora criada pela Universidade em convênio com o banco BBVA. A Universidad Europea del Atlántico integra a rede de universidades com as quais a FUNIBER colabora.