São necessários esquemas laborais diferentes para as novas gerações

Os millennials não se ajustam aos tradicionais esquemas laborais.

As novas gerações são inovadoras, procuram aprender, gostam das mudanças e, em muitos casos, querem empreender suas próprias empresas. Os jovens da geração Millennial, de 25 a 35 anos, não são fáceis de manter nas empresas. Antonio Sancho, do Ipade, indica que os empregados mais jovens precisam de muita iniciativa, dirigir a incerteza, administrar a frustração e procuram benefícios competitivos. Esta nova geração caracteriza-se por sua capacidade para planejar, ter certo nível de criatividade e atualizar-se constantemente no uso de ferramentas digitais.

O portal Expoknews indica que, em um estudo realizado pela empresa Manpower e Ipade, os jovens indicaram que consideravam como o mais importante os incentivos profissionais, a cultura organizacional e os incentivos econômicos que a empresa pudesse oferecer. No caso do México, os novos empregados procuram bons benefícios.

As dificuldades se apresentam quando as empresas pretendem evadir suas obrigações e procuram contratar por outsourcing para reduzir seus custos e não pagar todos os benefícios a seus empregados. Uma entrevista realizada pelo Inegi (Instituto Nacional de Estatística e Geografia) indica que, de 30 milhões de pessoas com emprego no México, 56.7% recebe uma remuneração, 27.4% pertence ao grupo de proprietários de negócio ou não remunerados e 16% recebe seu pagamento via outsourcing.

De acordo com o Expok, os millennials envolvem-se em projetos estratégicos de curto e médio prazo, nos que conflui a tecnologia, o trato com o cliente e a pesquisa e desenvolvimento. Neste cenário, as áreas de manufatura, o comércio, os serviços financeiros e as tecnologias da informação são os segmentos nos quais a nova geração encontrou lugar para desenvolver-se. Um exemplo é a indústria automotriz do México, onde a média de idade dos engenheiros é de 27 anos, enquanto em países como os Estados Unidos a média é de 50 anos.

Os empregados jovens são tidos como pessoas com pouca experiência, mas uma vez que se integram à empresa, colaboram contribuindo com ideias frescas. As entrevistas revelam que 60% demonstra disposição para aprender e 52% caracteriza-se por seu entusiasmo, motivação e capacidade para adaptar-se à mudança. Neste contexto, as empresas percebem que há uma oportunidade para formar novos líderes, mas os mais velhos percebem que os millennials carecem de compromisso, falta-lhes maturidade, são instáveis emocionalmente e precisam de mais conhecimentos.

As novas empresas como Facebook, Twitter, Google, marcaram o âmbito empresarial por gerar entornos de trabalho criativos nos quais prepondera a experiência, lugares nos quais se combina certo grau de criatividade e liberdade, mas esses entornos dificilmente poderiam ser replicados em outras empresas, pois são dirigidas por pessoas que não pertencem às novas gerações e trabalham mantendo esquemas pouco flexíveis.

Os estudantes da área de Empresas da FUNIBER avaliam os esquemas trabalhistas mais atrativos para atrair e reter pessoas talentosas nas organizações.

 

Fonte:
http://www.expoknews.com

Foto CC: ThinkPanama