Considerado o maior especialista em administração do tempo no Brasil e conferencista de sucesso, leva em suas palestras lições importantes de otimismo, vida e equilíbrio. Em uma conversa, Christian Barbosa fala sobre tempo, dinheiro e mudança de comportamento.
Christian também é um grande empreendedor. Desenvolveu um software de gestão do tempo – www.triadedotempo.com.br – usado por mais de 100.000 pessoas, em 29 países, e é dono de um dos maiores banco de dados sobre produtividade do mundo. Autor dos livros “A Tríade do Tempo” (Campus), “Você, Dona de seu Tempo” (Gente), “Estou em Reunião” (Agir) e “Mais Tempo, Mais Dinheiro” (Thomas Nelson Brasil) em parceria com Gustavo Cerbasi.
Vivemos uma ditadura do “urgente” e precisamos resgatar nosso sentido de vida em meio a tudo que é fast. Como alcançar esse sentido? Christian nos ensina em seus livros que isso é possível. Basta atitude e disciplina. O ponto de partida é o autoconhecimento, que nos levará ao maior sonho da nossa vida, usando para isso ferramentas propostas por ele para fazer o sonho acontecer e o tempo trabalhar ao nosso favor. Não adianta ficar reclamando e deixar a “vida te levar”, é preciso agir! Vamos ao papo com ele.
Você contraria um conceito há tempos enraizado na cultura, onde se acredita que “tempo é dinheiro”. Isso fica claro em seu livro “Mais Tempo Mais Dinheiro”, escrito em parceria com Gustavo Cerbasi. Assim, fale-nos um pouco sobre uma nova maneira conceber essas duas dimensões.
Christian Barbosa: Tempo não é dinheiro. São duas grandezas que, se usadas de modo equilibrado, podem oferecer um modo de viver bem e melhor. Se tempo fosse dinheiro, qualquer desempregado estaria rico e qualquer milionário teria muito tempo. O raciocínio é outro: para aproveitar seu dinheiro você precisa de tempo e para ter tempo é preciso de dinheiro! Isso significa que você necessita aprender a usar melhor seu tempo e seu dinheiro para trabalharem a seu favor e gerarem prosperidade.
No mundo do trabalho, no entanto, o tempo é sinônimo de dinheiro. Exemplo disso são as linhas de produção e os call centers. Isso significa também o adoecimento do trabalhador, seja emocional, psíquica ou fisicamente, pois ali, em seu posto de trabalho, ele não é dono de seu tempo. Qual a sua opinião sobre a gestão do tempo nesse universo onde não há espaço para flexibilidade?
CB: O indivíduo sempre tem espaço para flexibilidade, mesmo dentro desse tipo de trabalho. O importante é usar bem o tempo fora da empresa (tempo livre, com amigos, família etc.) para executar ações em busca de seus sonhos. Não adianta ficar reclamando, é preciso ter uma ação orientada para objetivos específicos. Assim pode-se conseguir uma vida equilibrada.
Olhando para o universo das crianças e adolescentes, percebo que as escolas trabalham a gestão do tempo de uma forma indireta, através de horários, do tempo para o estudo em casa e através das tarefas escolares. Vejo que a escola pode ser uma importante aliada na construção de uma cultura em relação ao gerenciamento saudável do tempo. O que acha disso? Conte-nos um pouco sobre o trabalho que realiza junto às crianças e adolescentes.
CB: As escolas deveriam oferecer uma matéria sobre produtividade e gestão do tempo. As crianças e adolescentes precisam aprender a trabalhar nesse cotidiano conturbado em que vivemos. Tenho uma palestra voltada para esse público, chamada O sucesso começa cedo. A mensagem para eles é que podem começar a sonhar o futuro agora, não precisam esperar crescer para iniciar um projeto de vida.
Comigo aconteceu assim. Aos 7 anos de idade eu já sabia que queria ter uma empresa cheia de computadores e aos 14 anos me tornei o profissional da Microsoft mais jovem do mundo. Aos 15 anos eu abri minha primeira empresa, focada no desenvolvimento de aplicações.
No ambiente familiar, acredito que os diferentes modos de gestão do tempo acabam comprometendo as relações afetivas. Você acha que é possível equalizar os perfis comportamentais – proativo, procrastinador, metódico, omisso – por meio do uso eficaz do tempo?
CB: É possível, mas é difícil. Com disciplina e aplicando ferramentas consegue-se bons resultados, mas existem pessoas que não querem mudar. A mudança é uma experiência e os indivíduos são resistentes a isso. A qualidade de vida existe dentro de cada um cabe a nós descobri-la; isso é uma questão de reflexão, mudança e atitude.
Se você quer saber mais sobre o trabalho do Christian, acesse www.christianbarbosa.com.br.
Bernatede Vilhena – Dinheirama