A cidade, um ponto de encontro, um reflexo de nossa sociedade e um espelho de nossas práticas, esconde mais segredos do que se imagina. Por trás de algumas decisões de projeto arquitetônico e urbano há uma realidade incômoda e, às vezes, invisível: a arquitetura hostil.
A arquitetura hostil, também conhecida como arquitetura defensiva, é uma forma de projetar cidades e espaços públicos com o objetivo de desencorajar seu uso por determinadas pessoas ou para determinados fins, principalmente para moradores de rua. Mais do que uma disciplina artística ou funcional, é um conjunto de estratégias incorporadas ao projeto urbano que pode levar à segregação e à discriminação.
Qual é o objetivo da arquitetura hostil?
As intenções iniciais dessas modificações arquitetônicas eram melhorar o uso da infraestrutura pública, abordar questões de segurança e impedir comportamentos indesejáveis, como o vandalismo. No entanto, na prática, alguns desses projetos demonstraram propósitos menos altruístas: impedir que os sem-teto se instalem em determinados lugares, até mesmo forçando esses indivíduos a ficarem longe ou em movimento, limitando seu acesso a espaços públicos que pertencem a todos os cidadãos.
Como a arquitetura hostil afeta?
Embora a arquitetura hostil tenha como alvo principal os moradores de rua, ela também pode afetar o público em geral. Esses projetos podem contribuir para a criação de divisões sociais, promover a exclusão e atrapalhar a vida cotidiana de todos. A arquitetura hostil pode gerar uma atmosfera de rejeição e criminalização em relação aos moradores de rua.
Quais são as características da arquitetura hostil?
A arquitetura hostil pode assumir várias formas: peitoris inclinados, bancos com apoio para os braços ou divisórias, aspersores de água, iluminação de alta intensidade, instalações de som e elementos de design que dificultam o uso para descansar ou dormir. Esses métodos são projetados para tornar o espaço menos atraente para aqueles que procuram fazer mau uso dele.
Onde podemos encontrar exemplos?
Exemplos de arquitetura hostil em ação incluem: os parafusos instalados na entrada de um edifício em Marselha, Camden Banks em Londres e a ponte de Guangzhou na China.
É possível projetar uma cidade sem uma arquitetura hostil?
Apesar das críticas, há uma oportunidade de projetar cidades de forma inclusiva e satisfatória para todos os cidadãos. Isso implica uma mudança de mentalidade, reconhecendo que os problemas sociais não podem ser resolvidos apenas por meio do projeto urbano, mas sim por meio de políticas eficazes de inclusão social. Em vez de usar a arquitetura como um meio de excluir, precisamos projetar e construir espaços que celebrem a heterogeneidade e a inclusão.
A arquitetura hostil é uma questão crítica no design urbano, refletindo uma tensão complexa entre equidade e controle. É importante continuar o diálogo e a reflexão sobre suas implicações, a fim de construir um ambiente urbano mais humano e respeitoso para todos.
Transformando o futuro da arquitetura
Se o futuro de nossas cidades, nossa arquitetura e nosso senso de comunidade o motivam, então o convidamos a explorar o Mestrado em Projetos de Arquitetura e Urbanismo. A discussão sobre a arquitetura hostil e seu impacto em nossa sociedade destaca a necessidade de profissionais bem treinados com uma abordagem ética e compassiva para o projeto urbano.
O programa de mestrado desafia os alunos a irem além da arquitetura de defesa, promovendo uma abordagem holística e especializada que abrange não apenas o design, mas também a gestão e a direção de projetos urbanos e arquitetônicos. Esse currículo abrangente ensina teoria e prática, preparando-o para enfrentar os desafios reais da intervenção urbana e do desenvolvimento de projetos.
Embora os arquitetos possam ter liderado historicamente o desenvolvimento de projetos, o campo se expandiu para incluir uma equipe mais diversificada de profissionais. O mestrado aborda essa evolução ao propor um programa adequado a todos os profissionais envolvidos em projetos de intervenção urbana. O programa oferece aos alunos ferramentas sólidas de gestão e conhecimentos atuais, essenciais para qualquer profissional envolvido no desenvolvimento de um projeto.
Além disso, o mestrado favorece o aprendizado pela prática. Como se costuma dizer, a melhor maneira de aprender a fazer projetos é fazê-los. Essa máxima, adotada pelo programa, incentiva os alunos a desenvolver projetos reais, aplicando metodologias rigorosas que permitem um processo real de desenvolvimento de projetos.
O Mestrado em Projetos de Arquitetura e Urbanismo prepara os alunos para dar uma contribuição significativa à nossa sociedade, desenvolvendo projetos que ofereçam uma melhor qualidade de vida e um ambiente urbano mais humano e respeitoso. O mundo precisa urgentemente de profissionais que possam liderar essa mudança e este programa é a plataforma ideal para preparar futuros líderes nesse campo.
É hora de desafiar a arquitetura hostil e avançar em direção a um projeto urbano mais inclusivo e equitativo. Se você está pronto para enfrentar esse desafio, nós o convidamos a explorar o Mestrado em Projetos de Arquitetura e Urbanismo.
Fonte:
Arquitectura hostil: retos y alternativas para un diseño urbano inclusivo
Qué es la arquitectura hostil y cómo nos afecta
Arquitectura Hostil: Una tendencia de diseño urbano que excluye a los más vulnerables
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