O primeiro lote de imagens tiradas pelo Telescópio Espacial James Webb foi divulgado. As descobertas são algo esperado há quase 25 anos.
Desde a criação do Telescópio Espacial Hubble, o desenvolvimento de um sucessor estava sendo planejado. Foi isso que motivou a criação do Observatório Espacial James Webb em 2004, por meio da colaboração de vinte países com a NASA liderando a operação.
O observatório espacial pode investigar os mistérios do universo observando a si mesmo através da luz infravermelha, que é invisível ao olho humano. As imagens tiradas por este telescópio oferecem resolução e sensibilidade sem precedentes.
“Hoje, apresentamos à humanidade uma nova visão revolucionária do cosmos do Telescópio Espacial James Webb – uma visão que o mundo nunca viu antes”, disse o administrador da NASA, Bill Nelson.
Cinco imagens tiradas por este telescópio foram publicadas pela NASA.
A primeira imagem a ser publicada foi do aglomerado de galáxias SMACS 0723. Esta é a imagem infravermelha mais profunda e nítida do universo distante até hoje.
A imagem mostra o aglomerado de galáxias como apareceu há 4,6 bilhões de anos. A massa combinada deste aglomerado de galáxias atua como uma lente gravitacional, ampliando galáxias muito mais distantes atrás dele.
A segunda imagem divulgada foi do exoplaneta WASP-96b. Ele captura a forma distinta da água, juntamente com evidências de nuvens e neblina, na atmosfera ao redor do planeta.
Esta observação, que revela a presença de moléculas de gás, é a mais detalhada de seu tipo até hoje. A imagem demonstra a capacidade do Webb de analisar atmosferas a centenas de anos-luz de distância.
A terceira imagem é da Nebulosa do Anel Sul, que fica a cerca de 2.000 anos-luz de distância. A nebulosa envolve uma estrela agonizante, e a nova imagem mostra uma segunda estrela agonizante pela primeira vez.
O que esta imagem revela é que Webb pode explorar as camadas de poeira e gás que expulsam estrelas envelhecidas que podem um dia se tornar uma nova estrela ou planeta.
A quarta imagem é do Quinteto de Stephan. Esta visão corta o véu de poeira ao redor do centro de uma galáxia para revelar a velocidade e a composição do gás perto de seu buraco negro supermassivo.
A quinta imagem é da Nebulosa Carina, revelando as primeiras e mais rápidas fases de formação estelar que anteriormente estavam escondidas.
Essas publicações de Webb marcam apenas o início de suas operações científicas. Graças a este projeto internacional, astrônomos de todo o mundo terão a oportunidade de observar objetos e fenômenos muito distantes.
A FUNIBER promove programas de estudos relacionados com a gestão de projetos, tais como:
- Mestrado em Desenho, Gestão e Direção de Projetos
- Mestrado em Projetos de Gestão Ambiental
- Mestrado em Desenho, Gestão e Direção de Projetos de Cooperação Internacional
Fontes:
NASA: “La NASA revela las primeras imágenes del telescopio Webb de un universo nunca antes visto”
CNN: “NASA reveals Webb telescope’s new images of stars, galaxies and an exoplanet”
NASA James Webb Space Telescopio: “Engineering Site”
The Conversation: “Two experts break down the James Webb Space Telescopes’s first images, and explain what we’ve already learnt”
Foto: Todos os direitos reservados.