Cidades inteligentes exigem gestão de projetos

Redesenhar cidades para torná-las mais inteligentes requer a combinação de planos estratégicos e recursos eletrônicos como parte de uma boa gestão de projetos

De acordo com a Associação Internacional de Gerenciamento de Projetos – IPMA (sigla em Inglês), 60% da energia consumida e 70% dos resíduos e das emissões de gases de efeito estufa são produzidos pelas cidades. É, portanto, imprescindível abordar esses desafios de forma holística utilizando as boas práticas existentes de gestão de projetos, programas e portfólios. Isso contribuirá para tornar real a visão de uma cidade inteligente e a oferecer benefícios reais para a sociedade.

A IPMA é uma federação de 70 países membros, que colaboram para promover a competência na gestão de projetos, programas e portfólios de projetos em todos os setores de atividade e envolver os stakeholders do mundo todo no avanço da disciplina.

Recentemente, o Conselho de Delegados da IPMA discutiu, durante sua reunião de primavera e durante seu primeiro “Smart Cities Symposium”, em Berlim, o papel fundamental das boas práticas de gestão de projetos, programas e portfólios na entrega de cidades inteligentes. A população mundial está em constante crescimento, em 2050 espera-se que atinja quase 10 bilhões de pessoas, das quais aproximadamente 80% viverão nas cidades. Gerenciar isso é uma grande tarefa para todos os governos e líderes do mundo todo.

“Para executar os planos estratégicos das cidades inteligentes é necessário reconhecer que as cidades não podem executá-los por conta própria. Elas precisam do apoio da nossa profissão, colocando suas visões em prática, usando portfólios, programas e projetos. Essa transformação não é um empreendimento individual, mas um esforço coletivo, portanto a colaboração é essencial. A IPMA oferecerá seu apoio globalmente”, disse o presidente da IPMA, Jesús Martínez-Almela.

No mesmo sentido, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) publicou “O caminho para as Smart Cities: migrando de uma gestão tradicional para uma cidade inteligente”, onde afirma que o projeto de uma solução inteligente para uma cidade exige:

  • Identificar os recursos tecnológicos necessários para o desenvolvimento de projetos que tenham impacto.
  • Definir o plano estratégico com implementação por etapas do projeto.
  • Encontrar fontes de financiamento.
  • Mapear benefícios para os cidadãos.

Além disso, de acordo com os grupos de trabalho da Rede Espanhola de Cidades Inteligentes (RECI), os temas essenciais para um município ser considerado uma Smart City de acordo com os critérios da União Europeia estão ligados à energia, mobilidade, meio ambiente, governo, economia e inovação social.

Para os interessados em cidades inteligentes, o Mestrado em Gestão Integrada: Meio Ambiente, Qualidade e Prevenção, patrocinado pela FUNIBER, fornece conhecimento na gestão de projetos de cidades e projeções integradas ao desenvolvimento urbano.

Fonte:  El papel fundamental de la dirección de proyectos frente al reto de las “smart cities”

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