Na hora de estabelecer um projeto de moradia de interesse social, é necessário fazer uma leitura prévia da cidade: seus regulamentos, tipos de acesso e espaços adequados
Para a construção de moradias de interesse social é importante seguir as lógicas empresariais, estudos de mercado e da localização, o formato e desenho das moradias e sua construção. De acordo com o estudo: “Guia para a provisão de moradias de interesse social: diretrizes, estratégias e instrumentos de gestão territorial”, elaborado pelo arquiteto Guillermo Tella, e pela urbanista Alejandra Potocko em 2017 para a Área de Pensamento Estratégico da Câmara Argentina da Construção.
Na América Latina é normal confundir as formas de acesso formal e informal à moradia.
As formas de acesso formal é a renda, que envolve pagar um aluguel para o proprietário, e a aquisição é a compra da moradia nova ou usada. A forma de acesso informal é a autoprodução ou autoconstrução: o usuário constrói sua moradia sem contrato ou gasto de mão de obra.
O acesso informal evidencia problemas como, a falta de políticas habitacionais e desigualdades socioeconômicas devido aos altos custos das mesmas. Portanto, os governos devem garantir que o acesso às moradias sejam principalmente formal e exequível com a construção de moradias de interesse social.
Nessa linha, o falecido e renomado economista chileno, Carlos Matus, que participou na reconstrução de Santiago de Chile, propôs utilizar um “Modelo de Incerteza Dura” para o planejamento e o desenho de políticas públicas que se encaixam em cenários de todas as políticas que queiram implementar, mas não recomendava usar políticas ad hoc (para apenas uma finalidade) na construção de moradias, pois, nesse sentido, cumpre apenas com uma necessidade específica e não geral.
Além disso, é fundamental levar em consideração as políticas de planejamento urbano que, em muitas ocasiões, são omitidas e geram déficits de localização, exclusão da cidade, segregação e fragmentação sócio-territorial.
Recomenda-se para projetos de moradia de interesse social, ter uma previa de quadros normativos, institucionais e de planejamento de espaços como, antecedentes relevantes na consecução dos projetos.
Nesse sentido, o Mestrado em Gestão Integrada: Meio Ambiente, Qualidade e Prevenção, patrocinado pela FUNIBER, constitui uma referência ideal para que as organizações incorporem um sistema integrado de gestão em qualidade, para realizar projetos respeitando a normativa e levando em consideração o planejamento de espaços.
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