A participação social é fundamental para transformar as cidades. O sociólogo Ethan Kent, vice-presidente da organização norte-americana “Project for Public Spaces” propõe abrir debates públicos para capacitar e fomentar as comunidades para maior participação no desenvolvimento do seu entorno.
A ONG desenvolve a metodologia e filosofia do placemaking, um movimento pacífico que estimula a participação coletiva a reinventar espaços públicos que atendam às demandas sociais. A ideia surgiu ainda na década de 60, com o trabalho de convidar os cidadãos a fazer parte da rua e tornar o espaço público mais vibrante e criativo, criando iniciativas colaborativas.
O sociólogo propõe agora vincular o placemaking ao ecologismo para retomar algumas propostas importantes sobre os desafios que as comunidades têm com o meio ambiente. Além de temas como contaminação ou consumismo, de acordo com Ethan, o ecologismo pode colaborar também para melhorar estratégias de gestão dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável.
Kent sugere algumas perguntas que poderão ajudar a começar um projeto:
– É sustentável?
– Minimiza os impactos nocivos sobre os ecossistemas?
– Melhora a vida dos animais e dos seres humanos?
– É compatível com os sistemas ecológicos e sociais mais amplos dos quais fazemos parte?
– É a melhor solução para cuidar da natureza, da comunidade e das pessoas?
As perguntas devem auxiliar a comunidade a pensar o tipo de lugar que quer criar e onde quer viver. O debate também pode orientar alunos da FUNIBER a pensar a cidade e o espaço público como campo de aplicação aos conhecimentos adquiridos, propondo projetos e propostas.
Através da página http://www.placemakingchicago.com/guide/, é possível baixar um guia passo-a-passo, em inglês, para avaliar, planejar e desenvolver um projeto placemaking.
Fonte: http://fnbr.es/149
Foto: Alguns direitos reservados por The Academy of Urbanism/Flickr.