Um estudo publicado em 18 de fevereiro na revista The Lancet Global Health indica que cerca de 4,5 bilhões de adultos de 187 países optaram por seguir um estilo de vida com uma alimentação mais saudável, aumentando o consumo de frutas e verduras; mas, ao mesmo tempo, tem aumentado muito mais o número de pessoas que consomem alimentos prejudiciais à saúde, como as carnes processadas e as bebidas açucaradas.
Fumiaki Imamura, doutor responsável pela pesquisa e membro da unidade de epidemiologia do Conselho de Pesquisa Médica da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, indicou que, até 2020, as doenças não contagiosas explicarão 75% de todas as mortes. A melhora na dieta tem um papel essencial na redução desta carga”.
O pesquisador manifestou que as maiores melhorias na qualidade da alimentação foram observadas em países de alta renda, onde foi possível aumentar o consumo de alimentos saudáveis, enquanto, ao mesmo tempo, as pessoas buscavam fazer leves reduções em sua ingestão de comida. Entretanto, em países como Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental, Nova Zelândia e Austrália, os habitantes mantêm um alto consumo de comida pouco saudável.
Uma situação muito diferente é vivida em países de baixa renda como Chad, Mali, Turquia e Grécia, onde as mulheres e os idosos obtiveram as pontuações mais altas ao avaliar a alimentação saudável.
Os pesquisadores indicaram que a opção pela alimentação pouco saudável está crescendo mais rápido do que pela alimentação saudável e que é necessário adotar medidas em âmbito mundial para evitar que a tendência aumente. Os especialistas indicaram que é necessário melhorar a qualidade da dieta das populações mais pobres, porque em países de rendas médias, como a China ou Índia, já se observa uma tendência na qual a prevalência da desnutrição é superada pela obesidade e por outras doenças não contagiosas.
A obesidade está transformando-se em um enorme problema mundial, sendo necessário tomar medidas que possam ser aplicadas em todos os países a fim de evitar uma pandemia.
Fonte: The Lancet News Release 18 fevereiro 2015
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