Um estudo dirigido pela doutora Beverly Biggs, da Universidade de Melbourne, na Austrália, identificou que a ingestão diária de suplementos de ferro não proporciona nenhum benefício em comparação com a suplementação duas vezes por semana. Os pesquisadores identificaram também que a suplementação duas vezes por semana permite melhor aderência à dieta por parte das mulheres grávidas, e poderia ter relação com melhor desenvolvimento cognitivo em crianças de seis meses.

O estudo foi realizado em uma região do Vietnã, sob a direção da Dra Biggs, participaram mais de mil mulheres grávidas e foram divididas em três grupos: 426 mulheres receberam suplementos de ferro e ácido fólico diariamente, para outro grupo de 425 mulheres foi dado o dobro de suplementos, e um grupo de 407 mulheres recebeu suplementos de ferro e ácido fólico duas vezes por semana.

Depois do parto, os pesquisadores identificaram que todas as crianças que nasceram das mães que tinham recebido a suplementação não apresentavam diferenças de peso, além disso, não se registraram diferenças nas taxas de nascimentos prematuros, morte fetal ou morte neonatal prematura. Da mesma forma, identificou-se que aos seis meses não havia diferenças nos níveis de hemoglobina, prevalência de anemia ou taxas de crescimento das crianças.

Ao analisar o desenvolvimento das crianças aos seis meses, identificou-se que os filhos de mães que tomaram a suplementação de ferro duas vezes por semana melhoraram seu desenvolvimento cognitivo em comparação com a dieta de uma vez por dia. Entretanto, os pesquisadores recomendaram que se realizem mais estudos relacionados ao impacto do consumo de ferro sobre o desenvolvimento cognitivo das crianças aos seis meses de idade.

Os investigadores concluem que a suplementação com ferro e ácido fólico duas vezes por semana é eficaz para melhorar a qualidade de vida de crianças em populações com baixa deficiência de ferro.