Em 2002, o Rio de Janeiro foi castigado por uma epidemia de dengue, onde aproximadamente 290 mil pessoas contraíram a doença no estado e 91 morreram, sendo que 65 dessas mortes e 138 mil destes casos foram registrados na capital. De lá para cá, muitas medidas foram tomadas pelo governo para que epidemias como estas não atinjam mais o país. Em levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde, 77 municípios brasileiros estão em situação de risco para a dengue. Nessas áreas habitam mais de 5,7 milhões de pessoas, sendo que mais de 3,9% das casas observadas continham um foco do mosquito.
A pesquisa foi realizada em 1.239 municípios brasileiros e revelou também que 375 cidades estão em situação de alerta para a dengue (índice de infestação entre 1% e 3,9%), enquanto 787 registraram índices considerados satisfatórios (menores que 1%).
Das 77 cidades em situação de risco para a dengue, 58 participaram da pesquisa pela primeira vez e dez mantêm a classificação desde o ano passado. Em 2011, 48 municípios foram identificados em situação de risco, 338 estavam em alerta e 414 apresentaram índice satisfatório.
O mês de Dezembro marca o início oficial do verão, período predominante para a circulação do mosquito. “Contamos com a parceria importante de estados e municípios para que a gente tenha uma mobilização com antecedência para evitar epidemias no próximo verão”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
No Nordeste, mais de 70% das larvas do mosquito se concentram em reservatórios de água. No Sudeste, mais da metade dos focos (59,2%) estão em depósitos domiciliares. No Sul e no Centro-Oeste, o problema maior é o lixo, enquanto no Norte há uma situação de equilíbrio entre o armazenamento de água e o lixo.
Com as inúmeras possibilidades de infestação pelo mosquito no Brasil, juntamente com as condições climáticas, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, teme por uma epidemia no país. “Teremos mais chuvas, o que é um ambiente mais provável para infestação do mosquito. Certamente teremos municípios com situação de epidemia”, disse.