Os gastos com a saúde no Brasil não chegam nem perto dos investimentos no setor feito nos países europeus, mesmo levando em conta a crise pela qual passa a Europa neste início de década. O governo brasileiro garante que são gastos quase R$ 870,00 (US$ 433,00) por ano em saúde por cada habitante, enquanto isso, na Espanha, o volume chega a quase R$ 4.000,00 (US$ 2.000,00). Vamos observar que com a crise, pela primeira vez em quase 40 anos, os países europeus se vêem obrigados a cortar os gastos com a saúde. Um dos exemplos claros é o desmonte de parte do sistema de bem-estar social criado na Europa após a Segunda Guerra Mundial.
O primeiro corte de gastos europeu aconteceu em 1975. Agora em 2010 houve uma redução 0,6% por habitante, que foi mantida nos anos de 2011 e de 2012. Só na Irlanda, por exemplo, a redução foi de 8%, depois de ter sido elevada entre 2000 e 2009, em média 6,5%. Outro exemplo é a Estônia, em que a redução nos gastos com a saúde foi de 7,3%.
Mesmo com a diminuição dos gastos com a saúde devido a crise, em números gerais, o Brasil ainda está muito abaixo dos países europeus em relação a este tema. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Brasília destina à saúde de um cidadão um quarto do que gregos destinam aos seus habitantes.