Os avanços em nutrigenômica e nutrigenética permitirão o desenvolvimento de dietas personalizadas para tratar doenças cardiovasculares, diabetes e outras patologias complexas que têm na nutrição um de seus fatores desencadeantes. Um resumo dos últimos avanços e tendências nestas especialidades estão reunidos na obra “Para a nutrição personalizada”, dos pesquisadores Manuel Porteiro-Otín, David Lorenzo, José Serrano e Reinald Pamplona.
A nutrigenômica estuda como os nutrientes afetam a função dos genes, a sua expressão, o seu metabolismo e o seu estresse oxidativo. A Nutrigenética estuda como as distintas variantes do genoma humano afetam a forma em que se produz o processamento de nutrientes no organismo e como este processo ajuda ou não a desencadear enfermidades complexas.
Tanto a nutrigenômica como a nutrigenética obtiveram um grande avanço nos últimos anos graças ao desenvolvimento das técnicas de análise do genoma, ao mesmo tempo que métodos para a análise do metaboloma ou do proteoma obtém resultados cada vez mais ineficazes. David de Lorenzo, codiretor do centro Nutrén Nutrigenomics da Lérida, explica que estes avanços nos métodos de análise permitirão estudar a influência da nutrigenômica e nutrigenética na medicina preventiva. Desde sua perspectiva, agora a maior problema esta em analisar e integrar toda a informação obtida para dar uma recomendação nutricional personalizada aos pacientes.
À medida que avancem os métodos de análise se obterá maior exatidão no conhecimento do genoma de cada pessoa e seria possível conhecer quais as doenças que cada individuo teria predisposição a ter e, portanto, seria possível estabelecer uma dieta personalizada que pudesse atrasar e inclusive evitar a aparição de tais disfunções.
Os especialistas consideram que as novas descobertas em torno da nutrigenômica e nutrigenética serão úteis para previnir doenças como a diabetes ou enfermidades cardiovasculares. De Lorenzo considera que estas novas áreas da medicina permitirão um grande desenvolvimento da medicina preventiva que à longo prazo reduziria efetivamente o número de doentes.