Uma pesquisa recente, publicada no Jornal of the American Medical Association (JAMA), indica que é recomendável utilizar provas de ECG em todos os pacientes idosos para prevenir o risco de problemas coronários ou eventos cardiovasculares (ECV). Os modelos de predição do ECV, baseados em fatores de risco tradicionais, são menos precisos quando aplicados em pacientes idosos do que em pessoas de meia idade.                                          

As anormalidades do ECG consideradas para esta pesquisa foram: anomalias da onda Q-QS, hipertrofia ventricular esquerda, Síndrome de Wolff-Parkinson-White, bloqueio completo de ramo e bloqueio intraventricular, fibrilação/flutter auricular e anomalias maiores do SR-T. Também foram consideradas alterações menores como as mudanças do ST-T. 36% dos pacientes com mais de 70 anos apresentavam alterações na base do ECG.

Os pesquisadores indicaram que, ao adicionar as alterações ECG ao modelo Framingham, utilizado para a prevenção do risco tradicional, foi possível reclassificar corretamente os pacientes.

Os pesquisadores indicaram que a mostra utilizada para este estudo era muito pequena, portanto, foi recomendado que mais estudos similares fossem realizados, para obter uma análise pormenorizada da associação de cada uma das alterações do ECG com os eventos coronários. De acordo com esta e outras pesquisas, o ECG é uma prova simples e de baixo custo que deveria ser aplicada a pacientes idosos para obter uma prevenção de risco mais precisa.

FONTE: Auer R, Bauer DC, Marques-Vidal P, Butler J, Min LJ, Cornuz J, et al.; Health ABC Study. Association of major and minor ECG abnormalities with coronary heart disease events. JAMA 2012;307:1497-505.