Os casos de alergia a alimentos duplicaram nos últimos 10 anos, sobretudo entre crianças e jovens. Ao considerar apenas as alergias de alto risco, é possível descobrir que a taxa de admissões de crianças em hospitais por essa causa aumentou sete vezes. Na Europa, as causas mais comuns de alergias em crianças estão ligadas ao consumo de nozes, ovo ou leite de vaca. No Reino Unido, 50% das reações alérgicas potencialmente mortais são originadas pelo consumo de nozes, avelã ou amendoim. A alergia alimentar é considerada o principal fator que desencadeante da anafilaxia em crianças entre 0 e 14 anos.
Atendendo ao aumento dos casos, a Academia Europeia de Alergia e Imunologia Clínica (EAACI) lançou uma campanha sobre “Alergia Alimentar”. Graças a esta campanha, é possível educar a população sobre o risco que implica para a vida uma reação alérgica grave. Os especialistas encarregados pela campanha se ocuparão de ensinar as pessoas a reconhecer os sintomas desencadeantes de uma reação alérgica, indicando o que deve ser feito em caso de emergência.
Em outro campo, a campanha pretende chegar aos colégios, por isso foram lançados os “Padrões Mínimos Internacionais para a Alergia Infantil na Escola”, que estabelece os requisitos mínimos necessários para a segurança das crianças alérgicas na escola. Esta estratégia é de suma importância, pois a escola é um local em que as crianças estão expostas a novos alimentos e, portanto, podem sofrer um ataque quando não conhecerem os ingredientes daquilo que ingerem.
O risco que representa uma reação alérgica para as crianças levou esta campanha um passo à frente. Os promotores da campanha de Alergia Alimentar propõem às autoridades da União Europeia que se aplique uma norma sobre etiquetagem de alimentos, para que os produtos sejam obrigados a indicar nas etiquetas se contêm amendoim, leite ou outros ingredientes que possam originar uma reação alérgica, garantindo, assim, a segurança das crianças.
A EAACI – European Academy of Allergy and Clinical Immunology – trabalhará ao longo de 2012 e 2013 para estabelecer as diretrizes necessárias sobre a Alergia Alimentar e a Anafilaxia, incluindo o diagnóstico, tratamento, como lidar com a doença na comunidade e a prevenção. Foram estabelecidos grupos de trabalho para incentivar a campanha nas escolas, com a colaboração do Comitê de Organizações de Pacientes, e a Associação do Educador (ATEE). O trabalho da campanha também se estenderia aos profissionais da saúde, como médicos, imunologistas, epidemiologistas, tecnólogos de alimentos, departamentos de pesquisa em alimentação industrial, órgãos reguladores, representantes relacionados e organizações de pacientes, entre outros.
Fonte: Europa Press