Graças aos avanços obtidos nas pesquisas do genoma humano, a nutrigenômica permite analisar como se metabolizam os nutrientes em cada organismo e desenvolver de forma personalizada uma dieta alimentar que ajude a prevenir as doenças crônicas.

O catedrático de Bioquímica e Biologia Molecular da Universidade de Granada e presidente da Fundação Ibero-americana de Nutrição, Ángel Gil, assegurou que utilizando a nutrigenômica será possível personalizar a dieta alimentícia de determinados grupos de uma determinada população em que as pessoas “compartilham determinadas características genotípicas”.

O especialista considera que a nutrigenômica ajudaria a prevenir muitos casos de obesidade, uma doença que na Espanha afeta 17% da população. A esse dado corrobora o fato de que algumas regiões da Espanha se caracterizam por seus habitantes ingerirem uma grande quantidade de alimentos e, ao mesmo tempo, por manterem um estilo de vida sedentário. Gil assegura que este comportamento poderia provocar “mudanças no DNA das próximas gerações”, gerando problemas de obesidade.

O especialista assegura que a única forma de combater o aumento da obesidade entre a população seria estabelecer programas de educação nutricional e promover a redução do sedentarismo e o aumento no consumo de grandes quantidades de frutas, verduras e legumes, acompanhadas de quantidades moderadas de proteínas e açúcares. Gil destaca que “não existem alimentos ruins, sempre que ingeridos nas quantidades adequadas”.