Os trabalhadores, muitas vezes, indicam que não realizam exercícios porque não têm tempo suficiente, mas o que 30 minutos de exercícios físicos pesariam na sua rotina diária? De acordo com um estudo realizado na Costa Rica, o exercício ajuda a reduzir os níveis de estresse e aumenta os níveis de produtividade e a sensação de bem-estar entre os empregados.                      

Karen Castro, estudante de mestrado em Educação Física, pela Universidade Nacional da Costa Rica, realizou um estudo entre trabalhadores da indústria têxtil da Wrangler nesse país para determinar o impacto 30 minutos de exercícios diários teria na produtividade. Castro desenvolveu um programa de exercícios dividido em duas sessões de 15 minutos diários, uma sessão pela manhã e uma pela tarde, realizando exercícios de alongamento e movimento articular sob as instruções da pesquisadora.

Castro indica que participaram de sua pesquisa 65 mulheres e 41 homens, entre 18 e 38 anos de idade. Aplicou-se uma pesquisa ao iniciar a experiência e uma ao término do estudo, três meses depois. A especialista informa que conseguiu reduzir a tensão e o esgotamento dos empregados, e, ao mesmo tempo, aumentou a sensação de reconhecimento e a percepção de melhores condições de trabalho. O nível físico dos empregados melhorou, demonstrando uma redução importante nas dores de cabeça, pescoço e costas.

Adicionalmente, os trabalhadores conseguiram maior flexibilidade e aumentaram sua força abdominal. “O objetivo com minha pesquisa foi que o programa, entre outros, aumentasse o bem-estar geral dos empregados e oferecesse melhores condições de trabalho”, manifesta Castro.

O psicólogo Ronald Ramírez considera que as estratégias para estabelecer programas para evitar o estresse em empresas deve ser uma parte de uma cultura organizacional que contemple o bem-estar dos empregados por um viés muito mais amplo, levando assistência emocional e reconhecimento ao trabalho que se desenvolve.

A experiência de Castro não é a única desse tipo. Em 1995, um Instituto afiliado à Universidade de Miami tornou público um estudo em que os trabalhadores de uma empresa receberam sessões de massagens de quinze minutos, duas vezes por semana. O estudo revelou que os empregados conseguiam trabalhar mais rápido e cometeram menos erros após cada sessão de massagens. Além disso, nos testes com encefalograma, detectou-se que os empregados que recebiam a massagem aumentavam seu estado de alerta.

Deve-se levar em conta que, na Inglaterra, o estresse profissional acarreta um gasto em torno de 5% a 10% do Produto Interno Bruto.