As artes marciais combinam técnicas de relaxamento e concentração que podem ajudar a aliviar os sintomas de algumas enfermidades como o Parkinson, um mal que altera a capacidade de manter o equilíbrio; por esta razão a prática contínua do Tai chi poderia ajudar a melhorar a estabilidade dos pacientes e ajudar a prevenir as quedas.

Investigadores do Oregon Research Institute decidiram avaliar o impacto da prática de Tai Chi em pacientes que sofrem de Parkinson. Selecionaram-se 195 pacientes que foram divididos em grupos de 65 indivíduos. O primeiro grupo recebeu classes de Tai chi e desenvolveram exercícios adaptados às necessidades pessoais de cada paciente; o segundo grupo recebeu treinamento para fazer exercícios de resistência e o terceiro grupo recebeu exercícios de alongamento. Desenvolveram-se sessões de 60 minutos, duas vezes por semana, durante 24 semanas. No final da experiência foi avaliado o nível de melhora dos pacientes em diversas provas. A prova principal foi de estabilidade específica, que media a capacidade de excursão máxima, ou a maior distancia que alcança o sujeito ao afastar-se do centro de gravidade. Como segunda medida se levou em conta o controle direcional, avaliando também a força, o desempenho em provas cronometradas como ficar em pé, caminhar. Os pesquisadores também registraram o número de quedas e os efeitos adversos da terapia, além de encontrar o que pode auxiliar no tratamento.

Identificou-se que nas provas de estabilidade o grupo de praticantes de Tai Chi mostrou porcentagens de melhoria que superavam os números obtidos com os outros métodos de treinamento físico. Na medida de excursão máxima os praticantes de Tai Chi superavam os que faziam resistência e alongamento. Quanto à incidência de quedas, o taichi não superou os exercícios de resistência, mas superou aos exercícios de alongamento.

Os investigadores concluíram que o Tai Chi melhora “significativamente as alterações do equilíbrio postural, e limita a Incidência de quedas”.