Pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, identificaram que as pessoas que sentem indefesas tendem a escolher porções maiores de alimentos como intenção de melhorar a percepção de seu status social. De acordo com a equipe de trabalho, é uma tendência comum que as pessoas associem o tamanho de um produto de consumo, como uma casa, um aparelho de celular, um carro, com a percepção que mantém de seu status social. Esta tendência é relevante dado ao fato que cada vez mais pessoas de segmentos sociais vulneráveis ingerem quantidades maiores de alimentos e este tipo de comportamento pode conduzir a doenças associadas ao sobrepeso.
De acordo com os pesquisadores, são os segmentos sociais de menos status econômico, onde as pessoas se sentem mais vulneráveis. Este é o cenário ideal para que apareça a tendência a consumir maior quantidade de alimentos como uma maneira de compensar a percepção da vulnerabilidade que sentem.
Deve-se ressaltar que o comportamento dos sujeitos que se sentiam vulneráveis mudou quando foi-lhes indicado que em eventos de maior prestígio são servidas porções menores, a partir deste momento os sujeitos selecionaram alimentos de menor tamanho.
Ao realizar a análise de dados, descobriu-se que as pessoas que se sentiam mais economicamente vulneráveis teriam a tendência para selecionar a maior medida de café, ainda que o preço entre as alternativas de quantidade forre o mesmo; além disso, as pessoas tendiam a consumir drinques maiores quando estavam em um evento social, mas aquele não era seu comportamento habitual quando estavam sozinhas.
“Compreender e vigiar a relação entre o tamanho e o status ante várias opções alimentares é uma ferramenta importante a disposição daqueles que desenham políticas para lutar contra um consumo excessivo”, anotam como conclusão os investigadores.