Uma pesquisa publicada na revista especializada Mind & Brain, The Journal of Psychiatry, demonstraram a prática da meditação transcendental por crianças ajuda-os na redução transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O estudo foi desenvolvido pelos doutores Frederick Travis, Sarina Grosswald e William Stixrud. A pesquisa foi realizada tomando como amostra 18 crianças com TDAH com idades entre 11 e 14 anos e se identificou que depois de uma prática constante, num período de 3 meses, as crianças conseguiram reduzir significativamente os sintomas de TDAH, inclusive o grupo de controle, ao introduzir a prática de meditação transcendental em sua rotina diária. Aos seis meses de estudo, os sintomas foram ainda mais reduzidos conforme é possível ver no gráfico.

O TDAH afeta atualmente cerca de 8% das crianças que tem entre 4 e 17 anos, esta desordem de comportamento se caracteriza pela falta de atenção, comportamento impulsivo e hiperatividade. O estudo indica que a relação entre as ondas Theta e Beta tem um impacto sobre a severidade dos sinto domas TDAH, os adolescentes podem apresentar índices de 2.5 a 3.5, enquanto que as crianças com TDAH mantém uma relação que supera os 5 pontos.

No caso de tratamentos com drogas, calcula-se que 30% das crianças não respondem ou não toleram os tratamentos com estimulantes, além disso, alguns pacientes ao consumir os medicamentos para tratar o TDAH, não respondem ou não toleram as substâncias que afetam seu comportamento, aumentando a apatia e a depressão.

Para medir o impacto da MT na evolução do TDAH, foi realizado um experimento tomando como amostra crianças diagnosticadas com o transtorno. Foram selecionadas 18 crianças que foram separadas em dois grupos. Em cada grupo, cinco dos nove indivíduos tomava medicação para TDAH. Ao grupo de análise foi ensinada a técnica da Mediação Transcendental e um professor os acompanhou na meditação pela manhã e pela tarde, além disso, depois de três meses a técnica foi ensinada para o grupo de controle e a evolução foi observada aos três e seis meses. Para as avaliações se utilizou o teste Delis-Kapplan Executive Function Sistem (D-KEFS) de fluência verbal. Através da prova foram medidos fatores como a flexibilidade de pensamento, a inibição, a capacidade de resolver problemas, planejamento, controle de impulsos, formação de conceitos, pensamento abstrato e criatividade. As famílias também participaram avaliando a evolução de seus filhos ao longo do tempo. Além disso, utilizaram eletro-encefalogramas (EEG) e outras provas como o Teacher Brief, o Youth Self Report e o Spielberg´s State and Trait Anxienty scale.

Os resultados demonstraram que as crianças que aprenderam a técnica de MT e a aplicaram diariamente conseguiram reduzir de forma constante o índice de relação de suas ondas Theta/Beta ao longo dos seis meses de estudo, enquanto que o grupo de controle aumentou significativamente sua pontuação durante os três primeiros meses e reduziu os sintomas depois do terceiro mês quando foi introduzida a MT com prática deste grupo.

Outras doenças

De acordo com o site WeB, são muitos os benefícios que a MT traz para a saúde, podem encontrar provas em mais de 300 artigos revisados. “A MT está vinculada a mudanças no cérebro, ajuda a interromper a resposta do corpo ante o estresse. É muito útil para pessoas com problemas distintos que vão desde a ansiedade até a hipertensão arterial (HTA) e as doenças do coração. Foi realizado um estudo com 60 afro-americanos com hipertensão arterial, inclusive foi demonstrado a influencia que tem a MT na redução de aterosclerose”, indica o artigo do WebMD.

O artigo também indica que foi mostrado que se consegue maior atividade cerebral durante a MT, assim como aumento das ondas alfa do cérebro, que estão vinculadas com o descanso e a reflexão. A MT aumenta a coerência das ondas cerebrais, quer dizer, as diferentes partes do cérebro funcionam com maior harmonia. Assim pode conduzir maior concentração e competência. “Nos meditadores experimentados, esta resposta coordenada se manifesta em diferentes horas do dia”, explica Norman E. Rosenthal, MD, professor de psiquiatria clínica em Washington DC da Universidade de Georgetown.

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Artigo original:
Mind & Brain, The Journal of Psychiatry – Estudo sobre os efeitos da meditação transcendental em casos de déficit de atenção (ADHD) – (ver marcador p78 – página 73 e seguintes)
Traduzido de:
Meditación Trascendental es efectiva para reducir déficit de atención y otras enfermedades