Quando um paciente foi infectado por H. pylory o médico deve erradicar primeiro o patógeno para combater com maior eficácia a anemia ferropriva? Dado que vários estudos soroepidemiológicos recentes sugerem que existe vinculo entre a deficiência de ferro e a presença de infecção por Heliobacter Pylori. Depois do estudo, os pesquisadores puderam identificar com clareza que ao estabelecer um triplo tratamento para a erradicação da bactéria alcançava-se uma recuperação mais efetiva dos pacientes em comparação com os tratamentos que apenas focavam do fornecimento de ferro por via oral.

O estudo foi realizado em um hospital universitário de Wuhan, na província de Hubei, na China. Foram selecionadas 86 pessoas com anemia por deficiência de ferro e que, além disso, tinham sido diagnosticadas por infecção de H. pylori. A mostra foi dividida em dois grupos de número igual, um grupo receberia um tratamento para erradicar a H. Pylori com 240 mg de citrato de bismuto, 500 mg de amoxicilina e 400 mg de metronidazol, todos em 2 doses diárias que deviam ser fornecidas durante duas semanas. O outro grupo não eliminaria a bactéria, mas receberia uma dose de 200 mg de succinato ferroso (contendo Fe2+, entre 34 e 36%), complementados com 100 mg de ácido ascórbico, três vezes ao dia. Este tratamento deveria prosseguir até que se comprovasse um retorno aos valores séricos normais de ferritina.

Os pacientes submetidos ao tratamento de erradicação se recuperam com maior rapidez do que aqueles que apenas recebiam o tratamento com suplementação de ferro.

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Artigo original:
Effects of H. pylori therapy on erythrocytic and iron parameters in iron deficiency anemia patients with H. pylori-positive chronic gastritis. Chen LH, Luo HS. World J Gastroenterol. 2007; 13: 5380-3.
Traduzido de:
Combatir anemia ferropénica en casos de gastritis crónica