Entre mulheres grávidas a pré-eclâmpsia e a eclampsia são causa frequente de morte. Uma equipe de pesquisadores, sob a direção do Dr. G.J Hofmeyr da Universidade de Witwatersrand, realizou um estudo no qual se identificou que a suplementação com cálcio é eficiente para reduzir aproximadamente pela metade o risco de pré-eclâmpsia nas mães, ao mesmo tempo que ajuda a reduzir o número de nascimentos prepaturos.
Foram 15.730 casos estudados, na maioria deles as mulheres apresentavam risco reduzido de sofrer com transtornos hipertensivos, com uma dieta que se caracterizava por ter um baixo consumo de cálcio.
Em 12 ensaios que agrupavam mais de 15 mil mulheres, a suplementação com cálcio ajudou as gestantes a manter um melhor estado de saúde e evitar a hipertensão, em comparação com o placebo – neste caso o risco relativo se sofrer a hipertensão alcança 0,65. Ao considerar o total da mostra, identificou-se que o risco relativo de pré-eclâmpsia chega a 0,45 entre as pacientes que receberam suplementação.
Identificou-se que os melhores resultados estavam entre as mulheres que apresentavam os níveis mais elevados de risco (587 gestantes em cinco estudos) e entre aquelas que relataram a melhor ingestão habitual de cálcio (10.678 pacientes em oito ensaios).
Evolução pós-parto
O risco relativo de partos prematuros foi de 0,76 entre as que receberam a suplementação, além disso, em um pequeno ensaio com 568 pacientes, com alto risco de desenvolver pré-eclâmpsia, o risco relativo de nascimentos prematuros foi de 0,45. Ao parecer a suplementação não tem efeito sobre o risco de morte fetal ou risco de morte neonatal antes da alta, ao analisar os históricos de 15.665 neonatos o rosco relativo alcança 0,90.
Nos estudos não foram identificados efeitos adversos entre os pacientes. Este estudo foi financiado pela OMS, Banco Mundial, e Organização das Nações Unidas.