A preocupação com o aumento de peso na população infantil continua, sobretudo nos Estados Unidos. Por esta razão, o U.S. Preventive Services Task Force (USPSTF), uma organização dependente do Departamento de Saúde do governo norte-americano, se ocupou em analisar as vantagens e desvantagens de distintas intervenções orientadas a controlar e manejar o peso de crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso.
Foram analisadas intervenções farmacológicas e psiquiátricas ou uma combinação de ambas, aplicadas em adolescentes com até 18 anos. Foram selecionados 13 trabalhos nos quais se aplicaram estratégias comportamentais e sete trabalhos nos quais foram aplicados uma estratégia combinada que envolvia uma intervenção comportamental acompanhada de medicamentos. Ambas as estratégias foram eficiente, mas obtiveram melhor resultado as intervenções comportamentais intensivas, conseguindo redução do IMC entre 1,9 e 3,3 kg/m² e a severidade dos efeitos colaterais foram variáveis. Registou-se evidência limitada que indica a possibilidade de manter a melhoria alcançada para além de 12 meses com escassos efeitos colaterais.
Em intervenções farmacológico-comportamentais os adolescentes tratados com sibutramina conseguiram uma redução do IMC de 2,6 kg em média, enquanto o tratamento com Orlistat conseguiu uma redução leve do IMC, apenas 0,85 kg/m².
Infelizmente, nos estudos com métodos combinados, não há um acompanhamento que permita analisar os efeitos posteriores à finalização do tratamento. Deve-se ter em conta que somente o Orlistat possui a autorização da FDA para ser administrada em menores de 12 anos.