Até pouco tempo atrás se desconhecia que a suplementação dietária era benéfica para a prevenção de eventos cardiovasculares em pacientes de alto e baixo risco. O Ômega 3 encontrado nos tecidos de certos tipos de pescados e geralmente é considerado benéfico para a prevenção de males cardíacos, porém, os pesquisadores não podem recomenda-lo porque depois de muitos estudos e análise em certos pacientes, este não foi tão eficiente.
Ao que se deve a utilização dos ácidos graxos do Ômega 3? Entre a população se atribuição ao consumo de alguns pescados e vegetais melhoras no tratamento de doenças cardiovasculares como a redução de triglicerídios, risco de morte, de infartos cardíacos e ritmos cardíacos anormais em pessoas com doenças cardiovasculares, assim como a diminuição da pressão sanguínea.
Os pesquisadores para estar seguros, fizeram uma série de análises como base os estudos feitos em esquimós Inuit cuja população mostrava uma taxa de morte por doenças isquêmicas do coração somente de 3,5% em maiores que 60 anos.
Tanto o estudo Dart (Estudo de Dieta e reinfarto) como o Gissi (grupo italiano para o estudo da Supervivência do infarto do miocárdio) concluíram que a ingestão de pescados duas vezes por semana proporciona entre 500 e 800 mg de Ômega 3 e pode reduzis a mortalidade dos homens com antecedentes de infarto agudo do miocárdio.
Em contrapartida, o estudo NILSEN concluiu que não foi benéfico o uso de doses altas de Ômega 3, apesar do efeito favorável em lipídios séricos. O estudo foi feito com pacientes que viviam em áreas costeiras e eram acostumados a consumir dietas ricas em pescados e frutos do mar.
O estudo Scimo concluiu que os pacientes que receberam azeite de pescado teriam uma tendência para um nível elevado de colesteril e que a ingestão diária de ácidos graxos Ômega 3 modestamente mitiga a cura de arterioesclerose coronária.
Enquanto o estudo de Burr e Colaboradores determinaram que, aos homens que foram aconselhados a consumir azeite de pescado, particularmente aqueles que o consumiram em cápsula, melhor representaram um maior risco de morte cardíaca.
Por sua parte, o estudo de Albert e Colaboradores concluiu que os ácidos graxos Ômega 3 encontrados no azeite estão fortemente associados com um risco reduzido de morte súbita entre homens sem evidência de doença cardiovascular.
Depois de revisar todas as análises e meta-análises, foi determinado que a evidência não é conclusiva para emitir uma recomendação que considere a implementação do consumo de Ômega 3 como estratégia de prevenção primária.
Todos concordaram que não existem provas para afirmar que as pessoas devem deixar de consumir fontes ricas em ácidos graxos Ômega 3, mas são necessários ensaios adicionais de alta qualidade para confirmar o efeito protetor dos ácidos graxos Ômega 3 naquelas pessoas com maior risco cardiovascular.