A respeito de uma publicação na qual se analisava a função da vitamina D em relação a regulação de cálcio no sangue, um de nossos leitores perguntou acerca das funções que cumpre a vitamina D no organismo. Em linhas gerais, abordamos as principais funções da vitamina D no organismo.

De acordo com o Linus Pauling Institute (LPI) da Universidade Estadual do Oregon, a vitamina D é uma vitamina solúvel em gordura, essencial para a manutenção do metabolismo de Cálcio. Além disso, é um potente modulador do sistema imunológico, de acordo com o LPI, existe evidência científica que demonstra que a vitamina D tem diversos efeitos no sistema imunológico, o qual pode melhorar a imunidade da pessoa e inibir o desenvolvimento de auto-imunidade.

A vitamina D ajuda a regular a secreção de insulina no organismo. De acordo com os estudos do LPI com humanos, níveis insuficiente de vitamina D no organismo poderia ter efeitos adversos na produção de insulina e a tolerância glucosa em pacientes com diabetes tipo 2.

O crescimento descontrolado de certas células com mutações deriva na presença de doenças como o câncer. A forma ativa de vitamina D inibe a proliferação de células que apresentem mutações e estimula a diferenciação celular, indica o informe do LPI. Além disso, manter adequados os níveis de vitamina D pode ajudar a reduzir o risco de pressão alta, já que a vitamina D ajuda a regular a interação do sistema renina-angiotensina, que pode atuar gerando certas formas de hipertensão.

Deficiência

A deficiência severa de vitamina D deriva em um aumento do risco de sofrer osteoporose. Em crianças, quando se apresenta uma deficiência severa, se produz uma mineralização inadequada dos ossos, e os ossos de crescimento são afetados pelo raquitismo mais rapidamente, pode-se apresentar um crescimento normal, mas sem uma calcificação adequada.

A deficiência de vitamina D pode derivar em debilidade muscular e dor, tanto em crianças como em adultos. Um estudo no qual foram ministradas doses diárias de 800IU de vitamina D e 1200mg de Cálcio por três meses em mulheres idosas, resultando numa redução de quedas das pacientes em 50% em comparação com o grupo que apenas recebeu Cálcio como suplemento.

Hipervotaminose

É importante ter em conta a dose que pode ser tolerada por pacientes de acordo com seu grupo etário. As doses máximas recomendadas de acordo com o documento do LPI são:

  • Infantes de 0 a 12 meses: 25mcg (1000IU)
  • Crianças de 1 a 18 anos: 50mcg (2000IU)
  • Adultos de 19 anos ou mais velhos: 50mcg (2000IU)

Observou-se que doses superiores a 50000 IU diárias de vitamina D podem causar hipercalcemia, que pode resultar no endurecimento de articulações e na calcificação de órgãos como o coração. Doentes que padecem de tuberculose, hiperparatieoidismo primário ou linfoma, podem desenvolver hipercalcemia como resposta a um aumento de vitamina D em sua dieta, os pacientes devem consultar um médico antes de tomar qualquer suplemento desta vitamina.

É importante manter uma suplementação diária de 2000 IU (50cmg) de vitamina D em pessoas idosas, pois a capacidade do organismo de sintetizar a vitamina D na pele diminui com a idade.

Em seu website, o Linus Pauling Institute destaca que a informação proporcionada pode ser considerada como um conselho nutricional ou médico e que o leitor deve acudir a um especialista para resolver qualquer dúvida em referência a seu estado de saúde.