A alimentação de mulheres grávidas é um tema muito importante, já que é necessário ter em conta que vitaminas e minerais, conhecidos como micronutrientes, influenciam na saúde da gestante e do feto em desenvolvimento. Os órgãos do feto passam por fases durante a 6ª e a 7ª semana; o embrião, nesta etapa, deve receber a maior e a melhor quantidade de nutrientes.

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Se a gestante ingere vitaminas e micronutrientes terá menos complicações durante a gravidez e menos complicações no momento de dar a luz, além disso, existirá menor risco de malformações no recém-nascido e inclusive, o bebê gozará de melhor saúde. A ingestão de micronutrientes permite aumentar a hemoglobina no sangue e pode atingir uma melhor absorção de ferro relacionada com a ingestão de vitamina C e rivoflavina.

Também melhorará a função imunológica da mulher, com menor incidência de infecções e parto prematuro. Os micronutrientes permitem a otimização do metabolismo energético e os processos anabólicos permitem na mãe. A mulher que padece de carência de vitaminas e minerais antes da gestação é difícil que a supere, e pelo contrário, ao iniciar a gestação, a tendência é que se agrave.

A falta de micronutrientes na gestação é relacionado com alterações congênitas como defeitos do conduto neural – espinha bífida e anencefalia –, anomalias obstrutivas do sistema urinário, malformações cardiovasculares, paladar rachado, entre outras malformações.

Por este motivo, é necessário a identificação prévia à gestação, com a intenção de corrigir as carências e evitar complicações posteriores. A cultura nutricional é obrigatória na população de mulheres em idade fértil; o profissional da saúde deve informar adequadamente à gestante sobre qual deve ser sua alimentação, ajustada ao fenótipo da mulher, seus antecedentes médicos, idade e costumes alimentares.

A OMS recomenda o suplemento de ferro e ácido fólico para todas as grávidas, entretanto, reforçar a alimentação com multimicronutientes pode reduzir o índice se baixo peso no nascimento e o menos peso a respeito da idade gestacional.

Segundo a revisão sistemática de artigos – encontrados na Medline y Emase –, foi identificado uma diferença de peso baixo ao nascer entre as mulheres que receberam suplementos de multimicronutientes durante a gravidez, comparadas com as gestantes que apenas receberam suplementação com ferro e ácido fólico. O peso médio ao nascer foi 54 gramas maior nos bebês cujas mães tomaram multimicronutientes comparados com aqueles cujas mães só receberam ácido fólico e ferro.