Foi demonstrado que a metformina ajuda a controlar o peso de pacientes com diabetes tipo 2, além de permitir a correção da hiperglicemia e da hiperinsulinemia. Para determinar se a metformina poderia ajudar a reduzir o Índice de Massa Corportal (IMC) e limitar o Risco Cardiometabólico (RCM) de crianças e adolescentes com sobrepeso, uma equipe de profissionais realizou um estudo no qual descobriram que a metformina tem um efeito moderadamente eficaz a curto prazo para reduzir o IMC e limitar a insulinoresistência em crianças e adolescentes obesos.
O risco cardiometabólico ou RMC se refere a uma série de fatores que podem pré-dispor um paciente a desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. O RCM pode ser identificado quando o sujeito sofre um aumento no nível de colesterol LDL, aumento na pressão arterial, hiperglicemia, altos níveis de triglicéridos e desenvolvimento de resistência à insulina.
Para realizar este estudo, se identificou que os pacientes que receberam doses de metformina atingiram uma redução de IMC de 1,42kg/m2 e uma redução total na taxa de colesterol de 0,19 mmol/L. Por outro lado o tratamento não teve um efeito significativo para reduzir os valores de lipoproteínas de alta densidade (colesterol HDL) ou triglicéridos, assim como afetou muito pouco a pressão arterial. Os pesquisadores indicaram que se pode apreciar uma redução nos níveis de insulina em três dos trabalhos, mas mostrou pouca evidência de que a redução se deu por causa do tratamento. Também foi observado que os estudos recolheram dados insuficiente sobre a evolução da gordura corporal dos pacientes. Adicionalmente, os cientistas indicaram que se apresentaram efeitos gastrointestinais adversos em alguns pacientes, mas apenas um deles teve que abandonar o tratamento por este motivo.
Foram selecionados estudos que envolveram crianças e jovens com até 19 anos que padeciam de obesidade, mas sem sofre de diabetes. Foram analisados dados de cinco ensaios com 320 participantes. Cada um destes estudos contava com um grupo de controle medicado com placebo e desenvolveram o estudo por seis meses.