A BioCarbon Engineering é uma empresa que presta serviços de reflorestamento. Normalmente, as empresas que utilizam este tipo de serviço devem contratar pessoas para que elas plantem as sementes manualmente, incorrendo em um elevado custo e incentivando, em muitos casos, a evitar as tarefas de reflorestamento. Diante deste problema, os engenheiros da BioCarbon Engineering decidiram utilizar um software especializado e drones para reflorestar milhares de hectares com sistemas automatizados.
“Vamos combater o desmatamento em escala industrial com um reflorestamento em escala industrial. Os madeireiros, a indústria da mineração, a agricultura e a expansão urbana desmatam cerca de 26 bilhões de árvores a cada ano. Nós acreditamos que este desmatamento em escala industrial pode ser mais bem combatido com as tecnologias de automação mais recentes”, disse a empresa em um comunicado.
Engenheiros da empresa indicam que um drone de quatro hélices é utilizado para fazer um registro, em um mapa 3D, da área a reflorestar. Em seguida, são identificados os melhores lugares para plantar as árvores e, depois, o drone será responsável por plantar as sementes com um sistema de ar comprimido que injeta as cápsulas contendo as sementes germinadas no chão. Indicou-se também que, após a conclusão do processo de semeadura, os drones podem ser utilizados para monitorar o crescimento das árvores. A empresa informou que seu objetivo é plantar um bilhão de árvores por ano utilizando esta tecnologia, considerando que cada drone tem a capacidade de plantar 10 sementes por minuto, conseguindo semear até 36 mil árvores por dia.
Dados em abundância
O blog da empresa fornece muitos dados sobre o desmatamento e o reflorestamento. Por exemplo, informa que, a cada ano, são destruídas 26 bilhões de árvores, mas só é possível reflorestar 15 bilhões delas. Portanto, por ano, temos um desmatamento líquido de 11 bilhões de árvores. Deve-se considerar que o reflorestamento é uma tarefa primitiva para reverter o aquecimento global.
No blog, a empresa indica que avançamos em tornar mais eficientes as ferramentas e os processos para cortar árvores. Na década de 60, utilizávamos machados; na década seguinte, motosserras; e, após o ano 2000, tratores. De acordo com os cálculos realizados pelo geógrafo Do-Hyung Kim, o desmatamento de áreas tropicais aumentou 62% entre 1990 e a década de 2000, contradizendo a informação publicada pela FAO, na qual se indica que o desmatamento caiu 25%.
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