A Comissão Europeia recentemente publicou o relatório Epilobee, um estudo epidemiológico sobre a perda de colônias de abelhas na Europa. O documento, publicado em 2 de abril do 2014, apresenta alguns dados alarmantes. Os pesquisadores consideraram que uma taxa aceitável de morte de abelhas em uma colônia seria de cerca de 10%, mas a taxa de mortes foi muito superior em países como Bélgica (33,6%), Reino Unido (28,8%), Suécia (28,7%), Estônia (23,4%) e Finlândia (23,3%).
O estudo, em sua primeira etapa, abrangeu a análise de 32 mil colônias de abelhas, em 17 países europeus, entre setembro de 2012 e setembro de 2013. Os dados foram compilados com métodos padronizados que permitiram ter uma fotografia da situação no velho continente.
Os pesquisadores indicam que foi coletada grande quantidade de informação que será útil para elaborar outros relatórios. Os dados compilados permitirão analisar os vínculos entre as perdas de colônias e alguns fatores de risco, incluindo a prevalência de doenças, o uso de tratamentos veterinários, o contexto do trabalho dos apicultores e outros fatores.
Analisou-se o impacto de doenças como a Nosemose, causada pelo fungo Nosema spp, doenças causadas por parasitas como a varroose, doenças virais como a causada pelo vírus de paralisia crônica das abelhas (CBPV, das suas siglas em inglês).
As taxas de mortalidade depois do inverno foram alarmantes, como indicamos inicialmente. Além disso, os pesquisadores anunciaram que a taxa de mortalidade destes insetos, durante a temporada de cuidado das abelhas se manteve entre 0,3% e 13,6%, e apenas na França observou-se uma taxa superior a 10%.
Relatório:
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