As abelhas atuam como um importante agente no processo de polinização. De acordo com o programa das Nações Unidas, 84% dos 264 principais cultivos em território europeu dependem principalmente da polinização das abelhas. Neste momento, em muitos países europeus, notou-se uma diminuição na população de abelhas. Tudo indica que esse processo está ligado ao uso intensivo de inseticidas, em particular de neonicotinoides, que afetam a estes insetos. Por esta razão, a Comissão Européia propôs a proibição do uso de três tipos de neonicotinoides. Os laboratórios Bayer e Syngenta são os principais fabricantes desse tipo de inseticidas e se opõem ao veto.     A Autoridade para a Segurança Alimentar Européia (EFSA) informou em um comunicado (1) que ao observar os pesticidas clothianidin, imidacloprid e thiamethoxam, foi possível identificar que esses componentes causam efeitos agudos na saúde das abelhas, mas relataram também que será preciso realizar uma série de provas com outros pesticidas para saber seus efeitos.

A EFSA reconhece que as abelhas são importantes na sustentação da biodiversidade e também no auxilio do processo de polinização, permitindo que se desenvolvam os campos de cultivo. Por outro lado, os apicultores perceberam uma queda nas populações de abelhas na última década, sobre tudo na Europa Ocidental.

Discussão na Europa

O comissionado para saúde e políticas de consumo na Europa, Tonio Borg, propôs restringir o uso dos três pesticidas apoiados em neonicotinoides, inclusive em cultivos que não são atrativos para as abelhas, como nos sembríos de girassóis, algodão e milho, para frear a queda na população desses insetos. A medida teria efeito a partir de 1 de julho sobre os 27 países da União Européia.

Inglaterra, Alemanha e Espanha se negam a adotar a medida da forma que se expôs e sugerem que deveriam realizar-se mais estudos.

Por sua parte, Luis Morago, do grupo ativista Avaaz, assinala que conseguiram reunir 2.2 milhões de assinaturas avalizando a moratória contra os pesticidas para salvar às abelhas.

Comunicado EFSA

http://www.efsa.europa.eu/en/press/news/130116.htm