Segundo os estudos realizados Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC – sigla em inglês) da ONU, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecossistemas terrestres.“Essas alterações climáticas causam aumento do número de eventos extremos, ou seja, passam a ocorrer mais vezes chuvas fortes, por exemplo, que provocam enchentes e deslizamentos”, afirma o geólogo Eduardo Macedo.

Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), analisou o fenômeno sobre dois pontos de vista. Um projetando um aumento da temperatura do país entre 4ºC e 6°C, e outro, com alta entre 1ºC e 3°C.

As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, aumento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca, chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta evaporação por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.

Os dados são alarmantes, principalmente se analisarmos que a terra levou 10 mil anos para obter um aumento de 5ºC na sua temperatura, enquanto que os estudos apontam que para obter um aumento nesse mesmo valor o planeta levará apenas 200 anos.

http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/climas/mudancas-climaticas