Nike, Adidas e Puma responderam à campanha DetoX do Greenpeace firmando um documento onde se compromete a eliminar químicos perigosos como o nonifenol exotilato de seus processos de fabricação de peças de vestuário. Em meados de agosto o Greenpeace apresentou o informe “Trapos sucios” (Trapos sujos) onde revelava que 14 arcas internacionais (entre elas H&M, Adidas e Lacoste) são responsáveis pela contaminação de rios na China e em todo o planeta pela utilização de químicos perigosos sem seus processos de fabricação.

De acordo com Sara del Río, responsável pela campanha DetoX do Greenpeace Espanha, a contaminação afeta a China por ser o lugar de fabricação, e a todos os lugares onde as roupas são vendidas, pois “a contaminação de dispersa pela cadeia de distribuição, através da lavagem das roupas contaminadas estas substâncias são liberadas pelas águas do mundo”, afirma a executiva da ONG ambientalista.

A substância tóxica encontrada nas roupas é nanilfenol exotilato, um químico que ao se decompor libera nanilfenol, um agente contaminante que produz alterações hormonais nos seres vivos. O Greenpeace revela que se encontrou o químico contaminante em 52 dos 78 artigos comerciais analisados.

O Greenpeace pôde comprovar que as fábricas encarregadas da produção de roupa para marcas como Abercombie & Fitch, Adidas, Calvin Klein, Converse, G-Star RAW, Kappa, Lacoste, Li Ning, Nike, Puma, Ralph Lauren, Uniqlo e Youngor vertiam uma perigosa combinação de químicos nos deltas dos rios Yangtzé e Perla. Além disso, a ONG ambientalista lançou uma série de atividades em todo o mundo para que os consumidores conheçam o impacto que tem no meio ambiente a compra de produtos destas marcas.

Depois da campanha, Nike, Adidas e Puma se comprometeram em eliminar até 2020 as substâncias tóxicas de seus processos de produção, mas muitas marcas ainda não tomaram qualquer ação a respeito. O Greenpeace atualmente está tentando que a empresa H&M siga pelo menos caminho, já que as peças de vestuário que comercializa deram positivo nas análises realizadas pela ONG, que reconheceu não ter podido identificar em que parte do mundo estão localizadas suas fábricas e então verificar a contaminação dos rios nas áreas em que operam.

O Greenpeace agora enfoca suas ações para conseguir que a H&M aja para eliminar os contaminantes de seus processos de produção. Assine a campanha através do Twitter para exigir que este fabricante cumpra sua parte em favor do meio ambiente.