O Los Angeles Times (LAT) publicou uma investigação que revela que os contratantes da British Petroleum (BP) violaram normas de segurança. A British Petroleum tem grande parte da culpa pelo desastre que ocorreu na plataforma Deepwater Horizon e o derrame de petróleo no Golfo do México, mas o informe da investigação realizada nos Estados Unidos reconhece também falhas na Transocean e Halliburton. Os documentos publicados revelam que diversos fatores no desastre, incluindo um pobre manejo do risco.

A reportagem publicada pelo LAT indica que, graças a uma investigação conjunta realizada entre a Guarda Costeira e o Bureau of Ocean Energy Management Regulation and Enforcement onde se levantaram críticas contra a atuação de Halliburton e Transocean, as contratadas da BP.

De acordo com os investigadores, “a perdas das vidas em Macondo em 20 de abril de 2010 e a seguinte contaminação do Golfo do México durante o verão de 2010 foram resultado de uma má gestão do risco, mudanças de última hora nos planos de contingência, falharam no momento de observar e responder aos indicadores críticos, tiveram uma resposta inadequada no controle dos poços e não tinham treinamento suficiente para responder a uma emergência”, manifesta em seu informe o Conselho de Administração de Energia Oceânica dos Estados Unidos.

A investigação descobriu que “a principal causa da explosão foi uma falha na barreira de cimento”, que se supõe que selaria a perfuração. A Halliburton era responsável por misturar e comprovar a efetividade da mistura de cimento. O relatório indica que a BP fez uma série de escolhas que permitiam economizar dinheiro, mas aumentaram o risco e poderiam ter contribuído com a falta de cimento.

Os analistas da indústria indicaram que os resultados desta investigação aumentaram as possibilidades da BP, Transocean e Halliburton enfrentarem encargos criminais por contribuir para o desastre.

O documento da investigação afirma que as três empresas violaram pelo menos três dezenas de regulamentos federais que estão diretamente relacionados com a segurança em perfurações petroleiras. Entretanto não determinaram as penas que se aplicarão às três companhias.