Uma ejeção de massa coronal (CME – coronal mass ejection) chegaria a Terra aproximadamente em 05 de agosto. O portal especializado spaceweather.com informou a aparição de explosões solares de classe M1 e M6, fenômenos que lançaram uma CME quase diretamente para a terra. A CME é uma onda de radiação e vento solar que viaja pelo espaço e pode impactar diretamente sobre nosso planeta, causando alterações nos sistemas de telecomunicações. Os especialistas advertem que quando a CME é de grande intensidade pode afetar inclusive os sistemas de geração de energia elétrica. As CME classe M1 e M6 que se aproximam da Terra são de intensidade média. Até o momento apenas se prognosticou que poderiam ser observadas auroras boreais em áreas onde não são habituais.

Os observatórios SOHO e STEREO-A registraram explosões solares na mancha 1261 e as imagens captadas revelam que a nuvem de vento solar se move a uma velocidade de 900km/s. Estima-se que quando a CME impactassem na Terra poderiam ser registradas tormentas geomagnéticas.

De acordo com a classificação estabelecida pelos cientistas as labaredas solares podem ser medidas de acordo com seu grau de intensidade em três níveis. Dependendo do brilho e dos raios X emitidos, o tamanho da onda é medido em uma classificação de 1 a 8 Angstroms. Cada nível está dividido em 9 subníveis, que vão, por exemplo de X1 a X9. As labaredas classe X são as maiores, fenômenos que podem afetar as comunicações de rádio em todo o planeta e causar tempestades de radiação que podem durar um longo tempo. As labaredas solares de classe M são de tamanho médio, podendo causar dificuldades nas comunicações de rádio em zonas polares. As labaredas classe C são pequenas e seus efeitos mal podem ser notados.

As tempestades solares demoram entre 24 e 36 horas para chegar na Terra. Os cientistas estimam que se aproxima uma temporada de tempestades solares com maior frequência e intensidade durante os próximos meses, até o primeiro trimestre de 2013. Alguns pesquisadores como o Dr. John Casey consideram que o aumento da atividade solar afetará a frequencia e intensidade de sismos, assim como a quantidade de erupções vulcânicas no planeta.