Depois dos terremotos do Haiti e do Chile, em janeiro e fevereiro de 2010 respectivamente, parece que aumentou a frequência e intensidade dos sismos a nível mundial. Mais de 11 mil mortos foram registrados oficialmente depois do terremoto de 9 graus que ocorreu no Japão. Doze dias depois, foi informado que pelo menos 120 mortos por um terremoto em Myanmar (antes Birmania), depois que o país foi sacudido por um sismo de 7 graus na escala Richter. Alguns cientistas como o Dr. John Casey, asseguram que a atividade solar afetará diretamente a frequência e a intensidade dos sismos, assim como a quantidade de erupções vulcânicas no planeta.

Na notícias de setembro de 2010 – 26 vulcões ativos em 2010, atividade fora do comum? – ressaltamos que a atividade vulcânica do planeta ultrapassou no ano passado os registros de atividade média dos últimos 15 anos. Por outro lado, de acordo com os dados da USGS, cinco dos terremotos mais fortes do último século aconteceram na última década.

De acordo com John Casey, presidente da organização Space and Science Research Corporation (SSRC), o aumento da intensidade de terremotos e a erupção de vulcões está ligada com a atividade solar. Sua organização identificou períodos de baixa intensidade solar o que denominou “hibernação solar”, de acordo com o pesquisador, estes períodos se caracterizam por uma dramática redução na energia emitida pelo sol durante duas ou três décadas. De acordo com um comunicado emitido pela organização que preside Casey, o terremoto do Japão seria uma amostra do que está por vir.

Casey assinala que a última vez que aconteceu uma hibernação solar, denominada Mínimo Dalton (1793 – 1830), fenômeno que destruiu colheitas por causa das baixas temperaturas, ao mesmo tempo se registraram três terremotos de nível 8 entre 1811 e 1812 somente nos Estados Unidos. O comunicado da imprensa da SSRC indica que “não há dúvida que o centro da terra está descarregando grande quantidade de energia desde que terminou o ciclo solar 23 e iniciou o 24. O aumento de terremotos e erupções vulcânicas ao redor do mundo são a evidência e é uma alarmante tendências que ganhará maior aceleração a medida que a hibernação solar se faça mais profunda”.

Por outro lado alguns aficionados por astronomia asseguram que é possível prever terremotos. Os entusiastas chilenos afirmam que é possível obter informações da sonda DEMETER e estabelecer um método integrado de predição sísmica que permita reconhecer as variações ionosféricas. Os autores do blog de astronomia indicam que é possível prever sismos mantendo um intervalo de 8 a 15 dias antes de um movimento telúrico e conseguindo dados aproximados do futuro epicentro. Para predizer um sismo seriam tomados dados de satélites e sondas como Cosmos e Demeter, analisando a área de preparação sísmica – estudada por Dobrovolsky – a variação na capa ionosférica F2 (foF2) e estabelecer um Rádio de Preparação Sísmica Experimental. Os encarregados do blog do Clube de Astronomia do Chile se encarregaram de demonstrar a aplicação do modelo proposto em três sismos diferentes, chegando a resultados aceitáveis. Foi possível observar em detalhes a metodologia.

Links relacionados:

http://www.spaceandscience.net/id16.html

Los Sismos SI se pueden predecir: El Argumento

Método Integrado de Predicción Sísmica

¿Se pueden predecir los sismos?