Não é nenhum segredo que o clima está mudando rapidamente e que isso afeta as vidas de milhões de pessoas, dos cidadãos argentinos que enfrentam ondas de calor, até os nova yorkinos e alemães que devem lidar com congestionamentos no transporte terrestre e aéreo enquanto alguns congelam embaixo de grossas capas de neve. 20 milhçoes de vítimas sofreram com as inundações no Paquistão, enquanto na Colômbia, centenas padecem de sorte similar. Aparentemente, o clima irá piorar nos próximos anos, mas, de acordo com os analistas, conseguiram-se modestos avanços na Cúpula do Clima COP16 para frear as mudanças climáticas, ainda que os acordos legais tenham ficado pendentes e serão revisados no próximo ano na COP17.

Os acordos políticos em torno do clima avançam em proporção aritmética, enquanto as mudanças climáticas parecem avançar em proporção geométrica. Mas a recente saída de uma crise financeira possivelmente gera nos políticos grande ansiedade por reduzir os gastos com meio ambiente, uma área que não proporcionará rendimento imediato ou de curto prazo e adiar a discussão de acordos vinculantes que permitam estender ou reforçar os compromissos assumidos no protocolo de Kyoto, que vencem em 2012. Austrália, Canadá e Japão já manifestaram que não assinariam um documento que estenda os compromissos do acordo de Kyoto.

Estados Unidos e China, os países que emitem a maior quantidade de contaminantes na atmosfera concordaram em promover os cuidados ambientais, e essa é uma boa notícia. Os Estados Unidos se comprometeram em reduzir suas emissões em 17% até 2020, sem ter em conta os compromisso de Kyoto, ainda que os analistas indiquem que será uma meta muito difícil de ser cumprida, já que os republicanos possuem agora a maioria no Congresso.

Durante a reunião foi aprovado um acordo quase unânime, que contempla a formação de um Fundo Verde, que se encarregará, a partir de 2020, de recoletar os 100 bilhões de dólares que em seguida seriam distribuídos para as nações em desenvolvimento para que executem estratégias de adaptação às mudanças climáticas, ainda que alguns países levantaram algumas observações sobre o projeto que receberia assessoria do Banco Mundial. Ao apresentar o documento final, Bolívia Venezuela, Cuba e Arábia solicitaram que sejam realizadas mais negociações para criar um acordo satisfatório, mas outros países consideram que o acordo era um documento mais ambicioso do que fora planejado incialmente e foi aprovado.

Aparentemente o documento final foi um prêmio de consolação.

Os grandes ganhadores deste encontro foram os veículos híbrido. Ao menos 12 veículos 100% elétricos demonstraram sua eficiência. Também aconteceu uma competição de motocicletas elétricas, nas quais participaram de 15 países.