Um novo estudo, que combina 22 modelos climáticos por computador, indica que nos próximos 30 anos se acentuarão as secas em todo o planeta. Aiguo Dai, cientista encarregado da investigação, assinalou que “ainda se tornem realidade sucessos um pouco similares aos prognosticados, os impactos para a sociedade a nível mundial serão enormes”. A análise realizada para o National Center for Atmospheric Research mostra imagens pouco alentadoras do que será o clima mundial até o ano de 2099.

A análise realizada pelo cientista conclui que o calentamiento global criará condições de seca em grande parte do globo, e possivelmente em algumas regiões alcancem, durante este século, níveis de seca que jamais foram vistos em tempos modernos. De acordo com prognósticos, até 2030 as sequías aumentarão de forma substancial em todo hemisfério oeste, além de afetar alguns setores de Europa, Ásia, África e Austrália. Em contraste latitudes altas como Alasca o Escandinávia se transformarão em zonas mais úmidas, mas não a um nivel suficiente como para compensar as secas que se produzirão em outras zonas, predisse Dai.

O cientista advertiu que estas projeções estão embasadas nos níveis de emissões de gases de efeito estufa que se mantêm atualmente, substancias que ajudam a segurar o calor na atmosfera, mas o que suceder no futuro dependerá também de muitos fatores, incluindo ciclos naturais como o El Niño.

As predições de Dai indicam que dois terços dos Estados Unidos serão afetados pela seca em 2030. Outras zonas que serão afetadas dramaticamente pelas secas serão a América Latina, incluindo grandes segmentos de território do México e do Brasil, as regiões que cercam o mar Mediterrâneo que se transformarão em zonas muito secas, amplas áreas ao sudoeste da Ásia, grande parte da África e Austrália, com condições particularmente áridas em algumas regiões da África, e o sudeste de Ásia, incluindo partes da China e os países vizinhos.