Logo as grandes cidades serão afetadas pelos efeitos do aquecimento global. De acordo com um estudo da Universidade do Estado da Flórida, existe 90% de probabilidade de que na área de Nova York o nível do mar se eleve em 45 centímetros até 2010. Mas não se trata apenas da grande maçã, Jianjun Yin, diretor da investigação assegura que não será a única cidade afetada, pois muitas das cidades de maior população nos Estados Unidos estão localizadas na costa.
Não é um cenário fatalista, mas é muito importante destacar que inclusive nos cenários em que se contemplavam emissões moderadas, os resultados da simulação indicavam que o nível do mar se elevaria em cerca de 21 centímetros na zona de Nova York, aumentando o risco de inundações. Além disso, cabe considerar que algumas áreas poderiam submergir permanentemente, aumentaria a erosão nas praias, a salinidade dos estuários aumentaria, afetando os ecossistemas e causando danos ao desenvolvimento da zona costeira.
Os elementos que atuariam de forma conjunta para elevar o nível do mar seriam a redução da capa de gelo da Groenlândia e a expansão térmica, mas os cientistas indicaram que para seus cálculos apenas utilizaram as cifras da expansão térmica e não o desaparecimento da capa de gelo já que ainda há incertezas em torno desse fator.
A parte baixa da Flórida e a região ocidental da Europa também estariam em risco. De acordo com Yin, a corrente oceânica do Atlântico Meridional pode ser afetada pelo aquecimento global. Ao aquecer a superfície do oceano afetaria o fluxo contínuo de água, tornando mais lenta a corrente do Atlântico Meridional, afetando o sistema natural com que se regula a temperatura da Europa Ocidental.
Informe original (em inglês):
http://www.fsu.edu/news/2009/03/16/sea.level/