03-7-onuDepois do fracasso de Copenhague não é segredo que os países mais afetados serão aqueles considerados no corpo de “países em vias de desenvolvimento”. Ainda que são os países que menos contribuem para as mudanças climáticas, serão os que mais sofrerão os efeitos dos fenômenos naturais que hoje parecem cobrar com vigor, desde as nevascas em Washington, até as inundações no Peru. Para ajudar estes países a enfrentar os efeitos dos fenômenos naturais, a ONU tentará mobilizar um fundo de 30 bilhões de dólares para financiar projetos de mitigação de desastres nacionais em nações pobres entre 2010 e 2012.

A ONU confirmou um painel de alto nível sobre finanças para a mudança climática, a fim de implementar um compromisso que permita ajudar os países em vias de desenvolvimento a enfrentar os desastres naturais dos próximos anos. Estima-se que seriam necessários 100 bilhões de dólares ao ano para ajudar aos países em desenvolvimento a executar projetos que lhes permitam atenuar os danos causados pelos – cada vez mais intensos – desastres naturais. Até o momento, levantou-se a necessidade de mobilizar 30 bilhões para países mais pobres.

O painel de Finanças será presidido pelo primeiro-ministro britânico Gordon Brown e seu colega da Etiópia, Meles Zenawi. O grupo de trabalho busca por mecanismos para captar o dinheiro que se destinará à causa. Uma das propostas será a de aplicar um imposto às transações financeiras, uma iniciativa que conta com o apoio de Brown. Outra idéia é derivar a este fundo o dinheiro que até agora era utilizado para subsídios da indústria baseada em combustíveis fósseis.

Deve-se considerar que o G20 acordou em setembro de 2009 eliminar de forma progressiva este subsídio, mas sem definir um calendário concreto.

A respeito dos acordos fechados em Copenhague, até agora 62 países cumpriram em apresentar objetivos nacionais para limitar as emissões de gases de efeito estufa até 2020, mas os críticos consideram que ao não estabelecer metas rígidas para os países industrializados estão se estabelecendo requisitos desmazelados para as negociações climáticas pendentes. A próxima reunião para discutir um novo acordo para a mudança climática acontecerá no México, em dezembro deste ano.