Para os jovens, renovar a carteira é um procedimento complexo e burocrático, para os idosos a burocracia é multiplicada por dois. Para os maiores de 65 anos as exigências são mais severas, Isso porque se entende que o envelhecimento leva à perda parcial da visão e diminuição dos reflexos e da capacidade de reagir e tomar decisões imediatas. Além da função visual, há a avaliação da audição, afetando o rendimento do condutor, além disso, o tempo de renovação passa de 5 para 3 anos.
De acordo com os especialistas, é recomendável evitar horários de maior fluxo, trechos longos e desconhecidos e não dirigir à noite, já que existe uma redução no campo visual. “O limite pode ser abaixo de três anos para renovação e o idoso pode ter horários específicos para dirigir, somente antes do pôr-do-sol”, explica o médico Rodrigo Cassimiro, ao Do G1 Sul de Minas.
Marcos Traad, diretor-geral do Detran-PR, declarou à imprensa que no Brasil “não existe uma idade limite que obrigue o motorista a parar de dirigir. Ele pode tirar ou renovar a carteira de habilitação até quando apresentar, satisfatoriamente, as habilidades necessárias para conduzir um veículo”. Para muitos idosos dirigir é exercer a autonomia e independência de forma saudável até o fim da vida.
No Brasil existem cerca de 13 milhões de pessoas com mais de 61 anos habilitadas a dirigir, de acordo com informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em Minas Gerais dos 2,5 milhões de condutores habilitados, mais de dois milhões estão acima de 40 anos. E a tendência é desse número crescer, uma vez que a qualidade e a expectativa de vida do brasileiro vêm aumentando gradativamente.