Um recente estudo da Universidade de Tecnologia de Queensland, Austrália, pretende confirmar que depois de um acompanhamento adequado podem-se reduzir os riscos de repetição de hospitalizações em idosos que tenham estado internados por alguma doença grave. Para levar a cabo a investigação, o Instituto de Saúde e Inovação Biomédica da universidade incluiu 128 idosos, com idade média de 79 anos, que haviam experimentado duas ou mais hospitalizações recentes, além de apresentar comprometimento funcional e depressão.
O estudo se dividiu em vários passos; os pacientes ao receber alta do hospital eram avaliados de forma completa por uma enfermeira e um fisioterapeuta, posteriormente seguiam um plano de atividade física de 24 semanas, personalizado, que baseava essencialmente em alongamento muscular, exercícios de fortalecimento, caminhadas e treinamento para manter o equilíbrio. Depois da alta médica, os pacientes eram monitorados por enfermeiras através de chamadas telefônicas e visitas a domicílio.
Para a médica encarregada da pesquisa, Kathleen Finlayson, a conclusão desta tese é que em paciente mais velhos que 65 anos, ao que recebiam alta depois de permanecerem internados no hospital, reduziam as possibilidade de serem internados novamente se lhe eram proporcionados um plano de exercícios e acompanhamento via telefone e inclusive pode afirmar que este tipo de estratégias incide favoravelmente sobre a qualidade de vida dos idosos.
Para a Medicare, instituição encarredada de prover assistência médica para idosos nos Estados Unidos “evitar que os idosos que estavam hospitalizados voltem a ser internados é um aspecto de essencial importância para a saúde pública”. Segundo o artigo Os idosos estadonidenses e a reforma do Seguro Saúde, os Estados Unidos gastam mais em assistência médica do que qualquer outro país desenvolvido: gastou $2,4 bilhões no ano fiscal de 2008 e espera alcançar os $4,4 bilhões no ano fiscal de 2018.1. A Medicare é o maior contribuinte individual no sistema, com gastos de $386 mil milhões no ano de 2008, estima-se que alcançaria $797 mil milhões em 2018.
Além disso, Medicare tem mostrado através de uma investigação que 19,6 por cento das intervenções retorna antes de completar 30 dias de alta, esta pesquisa também indica que nem o acompanhamento por telefone, nem o planejamento da alta conseguem diminuir a quantidade de repetições de hospitalização dos pacientes. Para o doutor Scout Kinkade da Universidade do Texas, as reincidências nas hospitalizações diminuem a medida que se planeja a alta, se executam os exercícios de forma rígida e treina o paciente com uma enfermeira orientadora.