A úlcera de pressão é muito frequente em um adulto idoso e é ocasionada pela constante pressão que exerce um objeto externo sobre proeminências ósseas, o que causa ulceração ou necrose do tecido envolvido. As úlceras de pressão são crônicas e debilitantes, afetam aproximadamente 10 por cento dos pacientes internados. Este problema afeta tanto a saúde como a qualidade de vida do paciente. O Instituto Clínico da Universidade Leeds, na Inglaterra, realizou uma meta-análise, a cargo da doutora Claudia Gorecki, cujo objetivo foi identificar o impacto das úlceras de pressão e de seus tratamentos sobre a qualidade de vida dos pacientes.
As conclusões a que se chegaram através desta recompilação de informações foi que as ulceras de pressão tem um impacto significativo sobre a qualidade de vida dos pacientes, incluindo as restrições físicas, mudanças no estilo de vida e necessidade de adaptações ambientais. As ulceras de pressão também restringem as atividades da vida diária dos pacientes devido à redução na atividade física, ao obrigar o paciente a manter repouso numa cama ou cadeira para o tratamento.
Quanto ao impacto social das úlceras de pressão ocasionam também restrições na atividade social do paciente devido ao isolamento e impacto na vida social. Para muitos dos pacientes, o isolamento gerado pelo padecimento e seu respectivo tratamento, hospitalizações, afetaram as interações sociais, o que resultou em sentimentos de solidão e confinamento. Cabe ressaltar que durante o tratamento, muitos pacientes estranhavam seus familiares e amigos.
O impacto das ulceras de pressão em um idoso que se encontra hospitalizado é cinco vezes maior que em pacientes fora dessa condição; além disso, aumenta a mortalidade dos pacientes, aumenta significativamente as complicações infecciosas e os custos do manejo dos pacientes.