Professora da FUNIBER, Alejandra Sandoval, opina sobre aplicações da Grafologia na escola

Alejandra Sandoval é Diretora Acadêmica e docente da Especialização em Grafologia e Neuroescritura da FUNIBER. Licenciada em Psicologia e Educação é especialista em Desenvolvimento Pessoal e Vocacional.

Trabalhando como psicóloga e pedagoga em Santiago do Chile, ela começou a explorar outras técnicas e disciplinas coadjuvantes para complementar seu trabalho de diagnóstico e intervenção, tanto em pacientes quanto em alunos. Foi desta maneira que ela descobriu a grafologia e começou a estudá-la, inicialmente de maneira autodidata.

Por este motivo, ela decidiu especializar-se nesta apaixonante disciplina a fim de integrá-la à sua formação e aplicá-la em seu trabalho na área de psicoterapia e da educação, tanto formal quanto informal.

“Se nos centrarmos na área da educação e nas contribuições da grafologia para os pais, os educadores, os profissionais e outros atores que fazem parte do sistema educacional, além, é claro, para as próprias crianças e adolescentes, podemos destacar a importância desta técnica como método de coleta e identificação de informação relevante em termos caracterológicos e de traços da personalidade, permitindo descrever aspectos cognitivos, afetivo-sociais e executivo-reativos. Tudo isto nos levará a configurar e a reconhecer as dinâmicas pessoais daquele que escreve, tanto em relação a si mesmo quanto em suas interações com e para com os outros”, afirma Sandoval.

A partir desse contexto, surge um grande desafio para os profissionais do processo educativo. Para eles, a grafologia poderá ser uma ferramenta eficaz e necessária, já que permitirá adequar as metodologias de trabalho na sala de aula, implementando-as de acordo com as singularidades de cada criança ou grupo.

Ajudando a definir caminhos

Com as mudanças sociais provocadas pela economia internacional, a globalização e a tecnologia, a escolha de uma profissão torna-se cada vez mais difícil. As pressões sociais ou necessidades de mercado podem levar, em algumas ocasiões, a decisões erradas no que se refere à nossa vocação por dificultar as escolhas pessoais.

A orientação vocacional é fundamental para o processo reflexivo pessoal do aluno em sua ânsia pela escolha profissional. “Uma das ferramentas utilizadas é o exame grafopsicológico que permite que nos reconheçamos como seres únicos, o reconhecimento de nossos traços de personalidade de base caracterológica e temperamental e de nossos domínios conscientes e, além disso, o afloramento dos domínios inconscientes”, comenta Sandoval.

Na escola, os adolescentes começam a definir os caminhos profissionais que poderão durar anos ou mesmo toda a vida. É importante que a instituição educativa ajude na orientação vocacional de seus alunos, tanto na etapa primária como secundária do ensino. “Uma adequada orientação pode representar o impulso necessário para que o adolescente imagine, sonhe e projete um futuro profissional que esteja em consonância com o seu SER. Ajudá-lo a compreender quem ele É e quem ele quer SER é nosso desafio”, afirma Sandoval.

Pesquisas em Grafologia

Atualmente, a docente da FUNIBER está desenvolvendo um projeto de validação da grafologia por meio de 200 amostras escriturais, que estão sendo analisadas de modo qualitativo e quantitativo por meio da técnica de histórias de vida de McAdams. Após este processo inicial, realizado por um grupo de psicólogos, estas amostras passarão a ser objeto de estudo de um grupo de profissionais da grafologia, que irão analisá-las, o que permitirá configurar uma correspondência entre ambos os modelos.

A partir dos escritos, espera-se validar e certificar esta técnica neste aspecto em particular.

“Há um grupo de psicólogos e grafólogos que trabalharão juntos no projeto, e esperamos contar com apoio dos alunos da Pós-graduação em Grafologia e Neuroescritura da FUNIBER para colaborar com a validação da técnica e no processo de pesquisa”, afirma.

A Grafologia na escola

Sandoval sugere um tema interessante para um debate dentro do contexto educativo: como se pode utilizar a grafologia para trabalhar a diferença entre os alunos nas escolas?