Não existe dúvida sobre o direito das mulheres à educação. O que faltam são informações precisas sobre os resultados e os benefícios da educação feminina. No livro “Women’s Education, Autonomy, and Reproductive Behaviour: Experience from Developing Countries”, a indiana Shireen Jejeebhoy levanta algumas questões fundamentais sobre os efeitos da educação para a fertilidade e a autonomia feminina, a partir de estudos nos últimos 20 anos.
A autora indaga sobre a relação inversa entre o aumento da educação e a diminuição do número de filhos, os efeitos da educação sobre o tempo de amamentação, as influências sobre o matrimônio, o aumento da contracepção e as preferências das mulheres por terem um menor número de filhos.
Outros aspectos como o aumento de acesso à informação, autonomia na toma de decisões e mais confiança em lidar com o mundo, seriam também efeitos da educação feminina? Para as perguntas, não há uma resposta única.
De acordo com a autora, os fatores sociais e econômicos de cada lugar e a situação cultural da mulher na estrutura familiar dificultam generalizações. O livro incentiva novas pesquisas e serve de referência para políticas públicas voltadas às mulheres.
A autora, que conduz diversas investigações sobre questões de saúde de adolescentes, desenvolvimento, sexualidade, saúde reprodutiva e direitos na Índia, tem PhD em demografia pela Universidade da Pensilvânia.
Fonte: http://ideas.repec.org/b/oxp/obooks/9780198290339.html#author
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