Na moda, o desenho, o corte e o tecido mudam com as tendências. Mas no esporte, a roupa esportiva deve ser resultado de pesquisas científicas para garantir a proteção e a flexibilidade do corpo durante as práticas. O pesquisador Jon-Kyle Davis, da Universidade de Montevallo, em Alabama (Estados Unidos) ressalta a influência da roupa no equilíbrio térmico dos atletas e chama a atenção para a necessidade de mais pesquisas sobre a vestimenta esportiva.
Além de preservar a saúde dos atletas, o equilíbrio térmico corporal é essencial para manter o desempenho atlético, diz Davis. A roupa atua como uma barreira para a transpiração e a fabricação de vestimentas com material têxtil sintético não está bem estudada e comprovada.
Um exemplo indicado pelo pesquisador foi observado na Copa do Mundo de 2006, quando algumas marcas de roupa esportiva lançaram um nova linha de uniformes que são capazes de manter os atletas mais secos e frescos, ou seja, mais confortáveis durante o jogo. Mas revisando estudos sobre o tema, o pesquisador não encontrou suficiente comprovação de que a roupa sintética possa ajudar no controle térmico corporal do atleta.
O estudo feito por Jon-Kyle Davis, junto ao pesquisador Phillip A. Bishop, do departamento de Cinesiologia da Universidade do Alabama, buscou em bancos de pesquisas científicas como “PubMed” e “Allied and Complementary Medicine Database”, publicações sobre a fabricação de uniformes e vestimentas esportivas, comparando o uso da roupa em ambientes quentes, com tecidos naturais e sintéticos.
Após revisar 14 estudos, os pesquisadores concluíram que os efeitos do uso de roupas sintéticas durante o exercício para o equilíbrio térmico são comparáveis aos efeitos de roupas feitas com produtos naturais. Mas indicam que futuros estudos deveriam examinar melhor estas influências da roupa sobre a saúde e o desempenho do atleta, já que não há suficiente comprovação.
Fonte: http://fnbr.es/tq
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