A prática do esporte escolar deveria ser mais educativa, com orientações às condutas cordiais e de fair play. A conclusão é resultado de um estudo realizado na Espanha com 30 equipes de futebol formadas por jogadores entre 10 e 12 anos de idade, quando se observou o comportamento esportivo durante os jogos.
As atitudes percebidas pelos pesquisadores revelaram comportamentos interessantes por parte dos jogadores e técnicos: antes de começar os jogos, todos se cumprimentam. Mas durante a competição, há poucas relações cordiais e ao finalizar o jogo, a metade dos times se despedem do oponente.
Mas o que mais chamou a atenção dos pesquisadores é a relação antiesportiva dos jogadores e técnicos com os árbitros. A maioria das sanções impostas se devem à falta de respeito ao árbitro por parte de técnicos e delegados, incluindo casos de violência. O estudo sugere que o técnico deve ser um modelo esportivo para os jogadores, e não ser sancionado por indisciplina.
Durante o jogo, a lógica de fair play deveria levar o jogador a se desculpar após realizar uma falta, mas a realidade observada pelo estudo é contrária: a cada 11 faltas realizadas, apenas uma é seguida de uma conduta pro esportiva.
O estudo conclui que aos jogadores se deve ensinar a ser bons competidores, aceitando a derrota e sendo corteses com o oponente. As medidas deveriam ser sempre dar a mão ao finalizar o jogo, reconhecer a falta e se desculpar, atender ao jogador caído e ganhar de forma honrosa, respeitando ao demais, incluindo o árbitro.
Fonte: http://fnbr.es/t9
Foto: Alguns direitos reservados por Anders Vindegg/Flickr.