Revista científica edita um especial sobre as Olimpíadas de Inverno e avalia evolução histórica

Em 1896, Pierre de Coubertin, fundador das Olimpíadas, disse que independente da preparação física de uma mulher esportiva, o organismo feminino não estava feito para suportar certos choques. Atualmente, praticamente em todas as competições há participação feminina.

A equidade de gênero foi uma das grandes mudanças vistas nas Olimpíadas de Inverno que atualmente tem se tornado cada vez maior e mais popular.

Da primeira edição, em 1924, em Chamonix, na França, até a mais recente em Sochi, na Rússia, em 2014, houve um aumento de 82 provas. Se na primeira Olimpíadas houve 258 participantes, em 2014 reuniram-se 3 mil atletas. Essa remodelação massiva está relacionada ao aumento da participação feminina, à exibição televisiva e à inclusão de esportes extremos.

O pesquisador Stephen Seiler, da Faculdade de Saúde e Ciências do Desporto da Universidade de Agder, na Noruega, é conselheiro editorial do International Journal of Sports Physiology and Performance, revista de artigos científicos de referência nas ciências do esporte.

No volume 9, publicado em janeiro, Seiler analisa a evolução histórica das Olimpíadas de Inverno, comparando as mudanças que sofreram o evento com as pesquisas divulgadas pela revista.

O pesquisador questiona: na ciência do esporte, a equidade de gênero também tem evoluído? E responde, 85% dos membros editoriais da revista são homens e 81% das publicações foram escritas por homens.

Na revista, as publicações sobre esportes de inverno têm sido esparsas. Seiler espera que a revista publique mais pesquisas relacionadas, até as próximas olimpíadas em PyeongChang, na Coréia do Sul, em 2018.

Fonte: http://fnbr.es/nl

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