Jogo de xadrez “real” é mais estressante do que jogo virtual, aponta estudo

A partir de um estudo de caso, pesquisadores da Universidade de Zululand, na África do Sul, junto com a Universidade de East London, no Reino Unido, investigaram os efeitos do jogo de xadrez sobre a neurofisiologia e a cognição do jogador, comparando, principalmente, a influência do xadrez jogado com um oponente humano com jogos virtuais jogados com um computador.

Os pesquisadores realizaram um experimento com um homem de 67 anos, jogador de xadrez, que era observado por três pesquisadores e usava um aparelho que gravava informação neurofisiológica através da eletroencefalografia (EEG) e sinais fisiológicos.

Os resultados demonstraram que o jogo de xadrez tem um caráter estressante e poderia ser associado com a aceleração da atividade neurológica, percebida no aumento da atividade da região sensório-motora. Esses efeitos foram mais visíveis nos jogos presenciais do que nos jogos virtuais.

O experimento sugere que no jogo de xadrez “real” há mais estresse, já que os dados coletados revelaram um aumento de pulso, da condutância da pele e da respiração. O relato subjetivo do jogador de xadrez reafirmou os resultados quantitativos.

O estudo, publicado no African Journal for Physical, Health Education, Recreation and Dance (AJPHERD), colabora para futuros avanços no acompanhamento e treinamento neurofisiológico e psicológico de jogadores.

 

Fonte: http://www.ajol.info/index.php/ajpherd/article/view/83841

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